Tem papel como agente anti-inflamatório e agente antineoplásico. Anteriormente, extratos de plantas contendo helenalina eram usados como fitoterápicos para o tratamento de entorses, coágulos sanguíneos, tensões musculares e problemas reumáticos. Atualmente ela é muito usada topicamente em géis homeopáticos e microemulsões. A helenalina pertence ao grupo das lactonas sesquiterpênicas que são caracterizadas por um anel lactônico. Além desse anel, a sua estrutura possui dois grupos reativos (α-metileno-γ-butirolactona e um grupo ciclopentenona).
Fórmula
estrutural helenalina
Existem
vários derivados de helenalina conhecidos dentro do mesmo grupo de lactonas
sesquiterpênicas; pseudoguaianolides. A maioria desses derivados
ocorre naturalmente, como o composto diidrohelenalina, mas também existem
alguns derivados semissintéticos conhecidos, como a 2β-( S -glutationil)-2,3-diidrohelenalina.
A helenalina e alguns de seus derivados demonstraram ter potentes efeitos anti-inflamatórios
e antineoplásicos in vitro. Quando aplicada topicamente em humanos, ela
pode causar dermatite de contato em indivíduos sensíveis. No
entanto, é considerado geralmente seguro quando aplicado dessa maneira. A
administração oral de grandes doses deste composto pode causar gastroenterite, paralisia
muscular e danos cardíacos e hepáticos.
Fórmula
molecular helenalina
A
helenalina é um dos princípios ativos nas plantas da família Asteraceae, entre
elas, uma planta medicinal chamada cientificamente como Arnica montana L,
conhecida como arnica europeia, arnica-da-montanha e arnica-verdadeira. É nativa em regiões montanhosas do norte da Europa
e não é cultivada no Brasil. Planta medicinal de uso tradicional, fazendo parte
de várias farmacopeias, inclusive da brasileira, nas formas de preparação
extemporânea (chá), tintura, gel e pomada.
Fórmula simples
Características
botânicas da Arnica montana L.: Planta
aromática perene de 20 a 60 cm, talo erguido, tomentoso, com poucos ramos e em
cuja base localiza-se uma roseta de folhas lanceoladas, estendidas sobre o
solo. As folhas superiores são menores, em forma de lança, do lado oposto e
ligado diretamente ao caule. As flores são de cor amarela (às vezes
alaranjadas), localizadas em localizadas em um capítulo terminal, aparecendo em
meados do verão e início do outono (Europeu). O fruto é um aquênio de cor
parda.
Observações: a atividade
anti-inflamatória, exercida pelas lactonas sesquiterpênicas, ocorre
principalmente pela supressão da síntese de prostaglandinas, através da
inibição da enzima prostaglandina sintetase.
Outras
espécies onde é encontrado a helenalina:
REINO |
FAMÍLIA |
ESPÉCIES |
Plantae |
Asteraceae |
Anaphalis
spp. |
Plantae |
Asteraceae |
Arnica
longifolia |
Plantae |
Asteraceae |
Arnica
montana cv.ARBO |
Plantae |
Asteraceae |
Balduina
spp. |
Plantae |
Asteraceae |
Gaillardia
spp. |
Plantae |
Asteraceae |
Helenium
autumnale |
Plantae |
Asteraceae |
Helenium
elegans |
Plantae |
Asteraceae |
Helenium
laciniatum |
Plantae |
Asteraceae |
Helenium
mexicanum |
Plantae |
Asteraceae |
Helenium
microcephalum |
Plantae |
Asteraceae |
Hymenoxys
scaposa |
Referências
Bibliográficas
ALONSO,
J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros,
2004. p. 178-182.
BLUMENTHAL,
M. (ed.). The Complete German Comission E Monographs: Therapeutic Guide to
Herbal Medicines. Austin, Texas: American Botanical Council, 1998. p. 83-84.
BRASIL.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de fitoterápicos da
Farmacopéia Brasileira, 1ª edição. Brasília, 2011.
LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e
exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008,
p. 468.