Nome
científico:
Geissospermum laeve (Vell.) Miers
Sinonímias: Geissospermum martianum Miers,Geissospermumvellosii Allemão,Tabernaemontana laevis Vell
Família: Apocynaceae
Nomes
populares: câmara-de-bilro, câmara-do-mato, canudo-amargoso,
chapéu-de-sol, chapéu-de-sol, pão-amargoso, pão-de-forquilha, pão-de-pente, pão-de-quina,
pão-pereira, pau-de-pente, pau-forquilha, pau-pereira, pau-pereiro, pereirinha,
pereiro, pereiroa, pignaciba, pinguaciba, quina-amargosa, quinarana,
tringuaaba, uba-acu, uba-assu.
Origem: Ocorre no Brasil nos estados do Rio de
Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Espírito
Santo, São Paulo, Para e Amazonas.
Descrição botânica: Planta lactescente de 15-22m de altura, com ramos novos cinereo-ferrugineos. Tronco profundamente canelado e sulcado, de 40-60cm de diâmetro, com casca descamante. Folhas simples, cartaceas, com a superfície inferior ferrugíneo-tomentosa (glaberrima quando adulta), de 5-8cm de comprimento por 2,5-3cm de largura, sobre pecíolo pubescente de 5-8mm de comprimento. Inflorescências em cimeiras axilares, com flores pubescentes de cor pálida. Fruto baga muito leitosa, com polpa carnosa, contendo 5-15 sementes
Parte
da planta para uso: folhas e casca.
Constituintes
químicos: Foram encontrados três alcaloides presentes nessa espécie:
geissospermina, pereirina e vellosina. O princípio ativo da casca do
pau-pereira é a pereirinha.
Formas
de uso: pau-pereira e aplicado em banhos, principalmente para crianças.
O chá, preparado a partir da decocção das folhas em água e da casca, pode ser utilizado
contra problemas do fígado e do intestino, devendo-se, para isso, tomá-lo 3
vezes ao dia.
Indicações: É
usado para tratar dor, doenças de fígado, febres, perda de apetite, mal digestão,
tontura, prisão de ventre e malária, para cólicas espasmódicas, além de ser
empregada contra a asma e acessos coqueluchoides.
Observações: Pau-pereira
é fonte de alcaloides indólicos monoterpenoídicos isolados e extratos e frações
enriquecidos nesses alcaloides que são utilizados na clínica médica para o
tratamento do câncer de próstata (flavopereirina) e HIV-AIDS (flavopereirina).
Referências bibliográficas
HENRY,
T.A.
The plant alcaloids. 4.ed. London: J & A. Churchill, 1949. 804p.
LORENZI,
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Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do
Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1998. v.2.
MATTA,
A.A.
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3).
REVILLA, J. Plantas úteis da Bacia Amazônica. Manaus: INPA, 2002. v.1.