Nome científico: Lobelia
inflata L.
Sinonímias: Dortmanna inflata (L.) Kuntze ,Dortmannia inflata (L.) Kuntze ,Lobelia inflata f. albiflora Moldenke ,Lobelia inflata var. simplex Millsp. ,Lobelia michauxii Nutt., rapuntium inflatum (L.) Mill. ,Rapuntium michauxii (Nutt.) C.Presl.
Família: Campanulaceae
Nomes
populares: lobelia, tabaco indiano e erva-de-asma.
Origem: nativa
da América do Norte.
Descrição
botânica: herbácea de raiz fibrosa, haste ereta, pouco ramificada,
esparsamente hirsuta, toda a planta produz látex resinoso. Folhas alternas,
pubescentes, crenadas-serreadas, agudas, sésseis espatuladas na base e
lanceoladas no ápice, pecíolos curtos, alados. A inflorescência forma racemos
de flores solitárias, axilares e terminal. A flor tem formato campanular, a
corala e penta-lobada, cor branco-azulada. O fruto e uma capsula inflada, com
sementes.
Parte
da planta para uso: folhas, flor, semente e raiz.
Constituintes
químicos: a lobélia contém componentes como gorduras, essência, taninos
etc. Os princípios ativos que despertam interesse na Lobélia são os alcaloides
derivados da piperidina e da metil piperidina, onde o principal é a lobelina.
Destaca-se também a lobelanina, a lobelanidina, a norlobelanina e a
isolobinina. Contém uma grande quantidade de antioxidantes em sua composição.
Por isso, combate os radicais livres e previne seu efeito no organismo.
Formas
de uso: o principal uso da lobélia é no tratamento do tabagismo,
pois a planta pode ajudar o fumante a abandonar o hábito, pois quando
mastigada, tem sabor similar ao do tabaco.
Indicações: expectorante,
para dispneias, tosses, asma, bronquite, enfisema e insuficiência respiratória.
Coadjuvante no tratamento da abstinência na nicotina nos tabagistas, pela ação
semelhante da lobelina em relação à nicotina. , emético e sedativo.
Observações: a planta pode ajudar na melhora de sintomas da depressão e de demais distúrbios do humor, como a ansiedade. Isso deve-se à ação calmante e por atuar diretamente com os neurotransmissores, como a serotonina. Além disso, auxilia no controle do cortisol – hormônio do estresse. Embora essa ampla variedade de usos seja atraente, a lobélia está no Banco de Dados de Plantas Venenosas da Food and Drug Administration, dos EUA, como uma erva potencialmente tóxica. Por isso, deve ser evitada. No Brasil, segundo o Consolidado de normas de registros e notificação de fitoterápicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Lobelia inflata está na lista de espécies que não podem ser utilizadas na composição de produtos tradicionais fitoterápicos.
Referências
bibliográficas
Auerbach,
P. Auerbach: Wilderness Medicine, 5 ª ed. Filadélfia, PA.
Mosby Elsevier. 2007.
Brinker
F.
Contra Herb e interações medicamentosas. 3rd ed. Sandy, OR. Eclética publicações
médicas 2001.
Coimbra,
R.
Manual de Fitoterapia. 2ª edição. 1994.
Farmacopeia brasileira 3ª edição. 1977.
PR VADEMECUM de precripción de plantas medicinales. 3ª edição. 1998.
Karch SB: O Guia do Consumidor para Herbal Medicine. Hauppauge, New York. Advanced Research Press 1999 Poulin M; Robbins, C. A Farmácia Natural. 1992.
Rotblatt M, Ziment I.: Medicina Baseada em Evidências Herbal.
Filadélfia, PA.. Hanley & Belfus 2002
Soares,
A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição.
Santos Livraria Editora. 2000.