PAU-DE-PÓLVORA : Folhas e cascas desta árvore são utilizadas em chás indicados no combate à sífilis e reumatismo

 

Nome científico: Trema micrantha (L.) Blume.

Sinonímias: Celtis canescens Kunth (Celtis canescensDecne. não é a mesma espécie), Celtis lima Sw., Celtismacrophylla Kunth, Celtis micrantha (L.) Sw., Celtisschiedeana Schltdl., Rhamnus micrantha L., Sponia canescens(Kunth) Decne., Sponia chichilea Planch., Sponia crassifoliaLiebm., Sponia grisea Liebm., Sponia macrophylla (Kunth)Decne., Sponia micrantha (L.) Decne., Sponia peruvianaKlotzsch, Sponia schiedeana (Schltdl.) Planch., Tremacanescens (Kunth) Blume, Trema chichilea (Planch.) Blume,Trema floridana Britton ex Small, Trema melinona Blume,Trema micrantha var. floridana (Britton ex Small) Standl. &Steyerm., Trema micrantha var. strigillosa (Lundell) Standl. &Steyerm., Trema strigillosa Lundell

Família: Cannabaceae.  

Nomes populares: candiúba, coatidiba, coatiudiba, crindiúva, curindiba, gurindiba, orindeúva, orindiba, orindiuva, orinduíba, candiúba, candiúva, crindiúva, grandiúva, pau-pólvora, pau-de-bugre, pau-de-vaca, periquiteira, pau-de-pólvora, taleira.

Origem:  ocorre em todo o Brasil, estando presente do Amazonas ao Rio Grande do Sul.

Descrição botânica:   Árvore semi caducifólia, espécie pioneira, sua altura atinge até 15 m e seu diâmetro 20 cm. As folhas são simples, alternas, com estípulas lanceoladas, com ápice acuminado, trinervado na base. As flores: cimeiras axilares ao redor dos ramos, de cor verde-esbranquiçadas. O fruto é uma drupa ovoide, subglobosa, de cor de cor alaranjada quando maduro.

Parte da planta para uso: casca e folhas.

Constituintes químicos: polifenóis, alcaloides, esterois e terpenos, flavonoides, saponinas e taninos. o ampelopsina F, epicatequina, catequina,siringaresinol, trans-Np-coumaroiltiramina, trans-N-pcoumaroiloctopamina, o ácido trans-4-hidroxicinamico e 3,5- dimetoxi-4- hidroxifenil-1-O-D-glicopiranosídeo. 

Formas de uso: Folhas e cascas são utilizadas em chás indicados no combate à sífilis e reumatismo e em lavagens externas indicadas para cicatrização de feridas.

Indicações:  adstringente, antissifilítica, antirreumática. Possui ainda atividades analgésicas, anti-inflamatórias e hipoglicêmicas

Observações: Experimentalmente foi comprovado que um princípio tóxico isolado denominado trematoxina foi citado em T. tomentosa e correlacionado também a T. micrantha, entretanto sem estrutura química determinada. A trematoxina age principalmente como uma toxina para o fígado e sistema nervoso central

Referências bibliográficas

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FERMINO JUNIOR, P. C. P. et al. Espécies pioneiras e climáticas da Floresta Ombrófila Densa: anatomia foliar comparada. Insula, Florianópolis, v.33, p.21-37, 2004.

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GUZZO, R.N. Estudo Fitoquímico e Avaliação da Atividade Biológica de Trema micrantha Blume (Cannabaceae). 2013. 70f. Dissertação (mestrado em Química) – Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, 2013.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.

MATOS, F. J. A. Plantas Tóxicas – Estudo de Fitotoxicologia Química de Plantas Brasileiras. Instituto Plantarum, 2000. 256p.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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