ALGODOEIRO: planta que tem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e analgésicas

 

Nome científico: Gossypium herbaceum L.

Sinonímias: Gossypium arboreum var.perr-ieri (Hochr.) B.L.Rob. ,Gossypium frutescens (Delile) Roberty ,Gossypium herbaceum var. africanum (Watt) Hutch. & R.L.M.Ghose ,Gossypium herbaceum var. frute-scens Delile ,Gossypium herbaceum var. herbaceum ,Gossypium herbaceum var. perrieri hochr.,Gossypium obtusifolium var. africanum G.Watt ,Gossypium prostatum Schumach. & Thonn. ,Gossypium simpsonii G.Watt.

Família: Malvaceae.  

Nomes populares: Algodoeiro, Algodoeiro-Americano, Algodoeiro-da-Terra-Alta, Go-ssipol.

Origem: origem é incerta, provavelmente da Ásia.

Descrição botânica: um arbusto perene, que mede de meio a dois metros de altura. Apresenta folhas largas, pecioladas e alternas com flores de coloração amarelo-dourada ou amarelo-pálida; sempre com manchas purpúreas, na base das pétalas. Fornece fruto do tipo cápsula, contendo de 6 a 8 sementes oblongas, de cor esverdeada, de tamanho pequeno, e revestido de dupla lã, curta e aderente, branca ou branco-amarelada.  

Parte da planta para uso: Raiz e semente.

Constituintes químicos: tanino, amido e betaína. Sementes: 95% de celulose (percentual alto), substância cerácea e graxa, com pequenas quantidades de ácidos palmítico, esteárico, pectínico. Contêm, ainda, 20% de óleo, 20% de matéria proteica, 23% de matéria nitrogenada, 7% de gossipol (dialdeído binaftil polifenólico, importante princípio ativo), fenóis, e uma diástase proteolítica. 

Formas de uso: As folhas e as sementes desta planta, em decoctos, são usadas contra as disenterias; as sementes esmagadas são usadas em emplastros como emoliente para abcesso, úlceras etc. e, em tintura acética, para a hemicrania. As raízes servem para fazer estancar as hemorragias uterinas e hemoptise; são também consideradas diuréticas na razão de 16 gramas, em infusão em 500 cc de água e divididas em três doses por dia.

- Decocção: indicação para hemorragia uterina. 5g de casca da raiz, para uma xícara e meia de água; ferver por 5 minutos e filtrar. Tomar 3 vezes por dia. Para efeito diurético. 16g de casca da raiz, em 500mL de água, ferver por 10 minutos, coar e tomar 3 vezes por dia;

- Maceração: indicação para dores nas articulações. 100g de cânfora, em 1 litro de óleo de algodão. Deixar a mistura em repouso, até dissolver a cânfora, filtrar e massagear as juntas doloridas com o líquido.

Indicações: tem propriedades antidepressivas, anti-inflamatórias, antioxidantes, antidiabéticas, analgésicas, ação antimicrobiana, hemostática e estimulante da cicatrização, sendo usado no alívio de dores, na cicatrização de feridas e no combate ao reumatismo.

Observações: Apresenta, como efeito colateral, infertilidade masculina, descoloração dos cabelos, desnutrição, diarreia, fraqueza muscular; problemas circulatórios e renais. Não deve ser utilizado por homens em idade fértil. Não é recomendado o uso durante a gestação. Evitar o uso prolongado e procurar seguir corretamente a dose indicada. Não deve ser utilizado, concomitantemente, com agentes espoliadores de potássio (como diuréticos); situação que pode resultar em diminuição significativa de potássio.

Referências bibliográficas

AL-SNAFI, Ali Esmail. Chemical constituents and pharmacological activities of Gossypium herbaceum and Gossypium hirsutum-A. IOSR J Pharm, v. 8, p. 64-80, 2018.

BEZEMER, T. M. et al. Above-and below-ground terpenoid aldehyde induction in cotton, Gossypium herbaceum, following root and leaf injury. Journal of chemical ecology, v. 30, n. 1, p. 53-67, 2004.

DEEBA, Farah et al. Physiological and proteomic responses of cotton (Gossypium herbaceum L.) to drought stress. Plant Physiology and Biochemistry, v. 53, p. 6-18, 2012.

KUMAR, Sharma Pravesh et al. In vitro antioxidant activity of Gossypium herbaceum Linn. International research journal of pharmacy, v. 2, n. 7, p. 166-170, 2011.

RAHMAN, Khaleequr et al. Gossypium herbaceum Linn: an ethnopharmacological review. Journal of Pharmaceutical and Scientific Innovation (JPSI), v. 1, n. 5, p. 1-5, 2012.

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