CIPO-TRINDADE: o chá de suas folhas é naturalmente afrodisíaco e estimula a libido

 

Nome científico: Tynanthus elegans Miers

Sinonímias: Tynanthus panurensis (Bureau)Sandwith, Tynanthus fasciculatus (Vell. Conc.) Miers,Schizopsis panurensis Bureau, Tynnanthus panurensis.

Família: Bignoniaceae.

Nomes populares: cipó-trindade, cipó-cravo.

Origem:  nativa do Brasil (MG, SP)

Descrição botânica: trepadeira, de folhas tomentosas, com três folíolos, flores branco-amareladas perfumadas e cápsulas amarelo-ferruginosa.

Parte da planta para uso: caule, folha, raiz.

Constituintes químicos: O composto principal do cipó-trindade é conhecido como Eugenol. Ele é usado em perfumes, sabores e óleos essenciais. Possui uma agradável fragrância picante de cravo. A análise química de Tynanthus elegans Miers também mostrou a presença de saponinas. Uma alta concentração de fenóis e flavonoides também foram encontrados.

Formas de uso: O chá é principalmente usado para aliviar problemas relacionados à digestão, como o excesso de gases e a diarreia. É naturalmente afrodisíaco, ou seja, estimula a libido. Seu efeito afrodisíaco é eficaz tanto em homens quanto em mulheres.

Como preparar o chá de cipó trindade:

Infusão das folhas secas de cipó cravo – encontradas à venda em lojas de produtos naturais;

- Água fervente por cerca de 10 minutos;

- Deixe descansando e espere o chá estar morno. Em seguida, coe e, então, a bebida estará pronta para o consumo.

Indicações: diarreia, estômago, gases, impotência devido à fraqueza genital.

Observações: O cipó Trindade recebe também o nome de cipó-cravo, pois seu aroma é similar ao do cravo-da-índia, ainda que não sejam parecidos. É contraindicado para gestantes, lactantes e crianças pequenas. É usado há séculos como remédio caseiro para combater a má digestão e as dores de estômago, teve comprovado os seus efeitos analgésicos em pesquisa feita pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Referências bibliográficas

Carvalho, C., Matta, S., Melo, F., Andrade, D., Carvalho, L., Nascimento, P., ... & Rosa, M. (2009). Cipó-cravo (Tynnanthus fasciculatus Miers–Bignoniaceae): estudo fitoquímico e toxicológico envolvendo Artemia salina. Revista Eletrônica de Farmácia, 6(1).

Durigon, J., Ferreira, P. P. A., Seger, G. D. S., & Miotto, S. T. S. (2014). Trepadeiras na Região Sul do Brasil. Diversidade e conservação de trepadeiras: contribuição para a restauração de ecossistemas brasileiros. São Paulo, Instituto de Botânica, 71-103.

de Carvalho, C. A., de Oliveira, T. G., Vasconcelos, R., Manfré, R., de Freitas Andrade, D. C., da Matta, S. L. P., & da Rosa, M. B. (2007). Estudo fitoquímicos de Tynnanthus fasciculatus–Bignoniaceae. In 47 Congresso Brasileiro de Olericultura, Porto Seguro. Anais do Congresso Brasileiro de Olericultura (Vol. 25, pp. 1-176).

Melo, F. C. S. A. D. (2007). Efeito da infusão do caule de cipó-cravo (Tynnanthus fasciculatus Miers, Bignoniaceae) sobre as características morfométricas de componentes testiculares de ratos Wistar adultos.

Nascimento, L. M. D. (2008). Anatomia, histoquímica e prospecção fitoquímica do caule de Tynanthus fasciculatus Miers (Bignoniaceae).

Ruela, H. S., Santos, M. C. D., & Kuster, R. M. (2005). Phytochemical study of Tynanthus fasciculatus (Bignoniaceae); Estudo fitoquimico de Tynanthus fasciculatus (Bignoniaceae).

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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