ERVA-SABÃO: planta empregada externamente para várias doenças de pele

 

Nome científico: Saponaria officinalis L.

Sinonímias: Lychnis officinalis (L.) Scop., Silene saponaria Fries

Família: Caryophyllaceae

Nomes populares: erva sabão, erva-saboeira, planta-sabão, sabão-de-jardim, saboeira, saponária, saponária-das-boticas.

Origem: é uma planta de origem europeia.

Descrição botânica: subarbusto perene, rizomatoso, ereto, quase sem ramificação, de 40-60 cm de altura, nativo da região Mediterrânea da Europa. Folhas simples, quase sem pecíolo, glabras, com três nervuras bem salientes, de coloração um pouco mais clara na face inferior, de 3-6 cm de comprimento. Flores grandes, perfumadas, de cor rósea, dispostas em cimeiras terminais que por sua vez reúnem-se numa ampla panícula. Os frutos são cápsulas oblongas, com muitas sementes em forma de rim. Multiplica-se em nossas condições principalmente pelos rizomas.

Parte da planta para uso: Planta inteira- folhas, raízes, rizomas e topos floridos.

Constituintes químicos: Saponinas (gypsogénine, encontrada principalmente nas raízes) e resinas.

Formas de uso: As hastes e rizomas eram empregadas internamente na forma de infusão contra gota, doenças de pele, icterícia e congestão brônquica, contudo, devido às irritações causada ao sistema digestivo, é menos usada atualmente.  É mais empregada externamente, principalmente para várias doenças de pele. Ocasionalmente é recomendada como xampu para cabelos frágeis, contudo, pode causar irritação grave dos olhos.

Indicações: depurativa, tônica, laxativa, sudorífica, diurética e colérica, utilizada como estimulante das funções hepáticas.

Observações: Seus rizomas são ricos em saponina, tendo sido usados durante séculos na Europa para lavar roupa bem antes do surgimento do sabão comercial em 1800. Até hoje é usado como sabão em museus para limpeza de móveis antigos, tapeçarias e pinturas. Suas hastes e rizomas são empregados na medicina tradicional desde os tempos de Hipócrates - 400 anos antes de Cristo.  Em dose elevada e uso prolongado, pode decompor os glóbulos vermelhos.

Referências bibliográficas

Boorhem. R.L. et al. 1999. Reader’s Digest - Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader's Digest Brasil Ltda., Rio de Janeiro.

Bown, D. 1995. The Herb Society of América - Encyclopedia of Herbs & Their Uses. Dorling Kindersley Publishing Inc. N. York. 145.

Lorenzi, H. & Moreira, H. 2001. Plantas Ornamentais no Brasil – 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa. 1120 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem