GINSENG-BRASILEIRO: é usado na forma de chá para combater a fadiga, o estresse, melhorar a memória, a atenção e a concentração

Nome científico: Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen

Sinonímias: Alternanthera glauca (Mart.) Hosseus, Gomphrena dunalina Moq. ,Gomphrena glauca (C.Mart.) Moq. ,Gomphrena luzulaeflora (Mart.) Moq. ,Gomphrena luzuliflora (Mart.) Moq. ,Gomphrena stenophylla Spreng. ,Iresine glomerata (Spren.) Peedersen, Iresine glomerata Spreng. ,Iresine luzuliflora (Mart.) Griseb. ,Mogiphanes dunaliana (Moq.) Griseb. ,Mogiphanes glauca (Mart.) Griseb. ,Pfaffia divergens O.Stützer ,Pfaffia dunalina (Moq.) Schinz ,Pfaffia glabrescens Suess.,Pfaffia glauca(Mart.) Moq. ,Pfaffia glauca (Mart.) Spreng. ,Pfaffia glomerata var. squarrosa (O.Stützer) Pedersen ,Pfaffia iresinodes var. angustifolia O.Stützer ,Pfaffia luzulaeflora (Mart.) D.Dietr.,Pfaffia luzulaeflora f. virgata O. Stützer  ,Pfaffia stenophylla (Spreng.) Stuchlík ,Sertuernera glauca C.Mart. ,Sertuernera luzulaeflora Mart. ,Sertuernera luzuliflora  Mart. ,Serturnera glauca Mart.

Família: Amaranthaceae

Nomes populares: Ginseng-brasileiro, fáfia, para-tudo, corrente, sempre-viva e acônito.

Origem: Originária de regiões tropicais e subtropicais. Ocorre em todas as regiões do Brasil.

Descrição botânica: Planta subarbustiva a arbustiva, semi-lenhosa, perene, de 0,5 a 2,5 m de altura, caules eretos, geralmente ocos, estriados, delgados, glabros ou levemente pubescentes, com ramos nodosos; raízes tuberosas, bifurcadas, em forma humanoide; folhas opostas, pubescentes (principalmente na face dorsal), curto-pecioladas, ovado-lanceoladas ou ovado-oblongas, de 1 a 14 cm de comprimento x 0,3 a 4,5 cm de largura, sendo as superiores sempre menores, ápice acuminado ou agudo, mucronuladas, base decurrente, com nervuras mais proeminentes na face dorsal; flores em panícula completa, branco-amareladas, hermafroditas; fruto do tipo utrículo; sementes cordiformes, marrom-acastanhada quando maduras 

Parte da planta para uso: raiz.

Constituintes químicos: fitosteróis (β-sitosterol, estigmasterol, estigmasterol-β-D-glicosídeo, sitosterol-β-glicosídeo), nortriterpenoides (ácido pfáfico, pfaffina A e B) e saponinas (pfaffosídeos A, B, C, D, E e F). Além disso, são encontrados alantoína, mucilagens, ácido pantotênico, aminoácidos, fósforo, cálcio, ferro, potássio e vitaminas (complexo A, B, E e K). ácido famérico, ácido glomérico, ácido oleanólico, ecdisterona, rubrosterona, -D-glicopiranosil-oleanolato

Formas de uso: é usado na forma de chás para combater a fadiga, o estresse; melhorar a memória, a atenção, a concentração e a visão, e até como fortificante muscular e afrodisíaco.

Indicações: analgésico, anti-inflamatório, sedativo, afrodisíaco, no tratamento de diabetes, câncer, e no combate à depressão. Seu amplo uso explica seu nome popular em algumas regiões: paratudo.

Observações: É conhecida como ginseng-brasileiro devido à semelhança das suas raízes tuberosas com as raízes do verdadeiro ginseng, uma espécie vegetal asiática (Panax ginseng), de outra família botânica (Araliaceae). O nome do gênero, Pfaffia, é uma homenagem ao médico, físico e químico alemão, Christoph Heinrich Pfaff, nascido no final do século XVIII, e que exerceu papel importante na conexão entre grandes cientistas na Europa do século XIX, na área da eletricidade.

Referências bibliográficas

LOPES, S. B. Pfaffia spp. (ginseng-brasileiro). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 670-675.

MENDES, F. R.; CARLINI, E. A. Brazilian plants as possible adaptogens: an ethnopharmacological survey of books edited in Brazil. J Ethnopharmacol, v. 109, n. 3, p.493-500, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.08.024

CORRÊA-JÚNIOR, C. et al. Pfaffia glomerata (ginseng-brasileiro). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 844-860.

TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 130-131.

FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 7-14.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem