Nome
científico: Chrysobalanus icaco L.
Sinonímias:
Pninus
icaco Labat., Chrysobalanus pellocarpus G. Meyer, Chrysobalanus purpureus
Miller, Chrysobalanus orbicularis Schum., Chrysobalanus icaco var. pellocarpus
(G. Meyer) Hook. F., Chrysobalanus icaco var. ellipticus (Solander ex Sabine)
Hook. f., Chrysobalanus savannarum Britton, Chrysobalanus ellipticns Solander
ex Sabine, Chrysobalanus icaco var. genuimis Stehlé & Quentin.
Família: Chrysobalanaceae
Nomes
populares: ajurú, ajurú-branco, abageru, abajeru, ariú,
cajurú, goajurú, oajurú, ajirú, guagiru, guageru. guajuru.
Origem: Nativa
na África Tropical (ocidente, sul), América do Norte e do Sul.
Descrição
botânica: árvore perenifólia, de 4-6 m de altura, com tronco
tortuoso de 20 a 30cm de diâmetro. Folhas simples, coriáceas, glabras, de 2 a8
cm de comprimento. Flores alvas, reunidas em curtos racemos axilares. Os frutos
são drupas elipsoides e levemente costadas, com 2,5 a 3,5 cm de comprimento, de
cor preta, amarela ou vermelha, dependendo da variedade, com polpa suculenta,
branca e adocicada.
Parte
da planta para uso: toda planta
Constituintes
químicos: Minerais (selênio, cromo, cobre, ferro, cálcio), ácidos
graxos (esteárico e oleico), ácido pomólico, tanino.
Formas
de uso: O óleo da semente já foi aproveitado no preparo
de emulsão antidiarreica e unguento. Raízes, cascas e folhas são utilizados na
forma de chá contra disenterias, catarro de bexiga, leucorreias e pedra
nos rins.
Indicações:
hiperglicemia, hemorragias, inflamações, diarreia crônica, blenorragia,
leucorreia e catarro da bexiga.
Observações:
Há
relatos de que os diterpenos isolados das raízes apresentaram efeito inibitório
da infecção por HIV l in vitro e o ácido pomólico, isolado a partir
de frutos, inibiu o crescimento de células neoplásicas, inibiu também a
proliferação de células resistentes à vincristina (subs-tância ativa
de um medicamento antineoplásico conhecido comercialmente como Oncovin,
"sulfato de vincristina.
Referências bibliográficas
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