Nome
científico: Croton urucurana Baill.
Sinonímias: Croton dracona Larrañaga ,Croton paulinianus Müll.Arg. ,Croton succiruber Parodi ,Croton urucurana var. albidus Müll.Arg. ,Croton urucurana var. draconoideus Müll.Arg. ,Croton urucurana var. genuinus Müll.Arg. ,Croton urucura-nus var. albidus Baill. ,Crotonuru-curanus var. draconoideus Baill. ,Croton urucuranus var. genuinus Baill. ,Oxydectes pauliniana (Müll. Arg.) Kuntze ,Oxydectes urucurana (Baill.) Kuntze.
Família: Euphorbiaceae
Nomes
populares: drago, sangue-de-dragão, sangue-da-água, sangra-d’agua,
urucurana, urucuana, lucurana, capixingui (SC), tapexingui, tapixingui.
Origem: nativa
do Brasil,
Descrição
botânica: árvore decídua, heliófita, pioneira, higrófita, de até
16 m de altura, de copa aberta, tronco de até 35 cm de diâmetro, de coloração
clara, libera uma seiva avermelhada em contato com o ar; as folhas são simples,
cordiformes, alternas, pubescentes, palmatinérveas, membranáceas, nas folhas
jovens a face adaxial é ferrugínea-tomentosa, a face abaxial tomentosa,
ferrugínea nas nervuras, de coloração vermelho-amarelada antes de caírem no
outono; inflorescência do tipo racemosa, com flores pequenas, diclinas, de
coloração amarelo-esverdeada; fruto capsular, uniloculado, separado em 3 ocas
(onde estão alojadas as sementes), seco, de coloração castanha quando maduro,
com superfície rugosa, medindo cerca de 5,0 mm de diâmetro x 4,0 mm de altura;
as sementes são ovaladas, coriáceas, com carúncula castanho-claro pouco
desenvolvida, com testa de coloração castanho à preto, medindo cerca de 3,2 mm
de comprimento x 2,7 mm de largura
Parte
da planta para uso: casca e resina
Constituintes
químicos: fucose,
arabinose, galactose, manose, xilose, glicose e ácido urônico.tembetarina,
magnoflorine e taspina,[1−9-NαC]-crourorb A1,ácido hardwickiico, bicantriol,
crolequinol, ácido crolequínico, korberina A e B, sonderianina,
dimetil-3-oxo-12-epi-barbascoato e metil-12-epi-barbascoato,β-sitosterol-O glucosídeo,(+)-catequina
e (-)-epicatequina, (+)-galocatequina e proantocianidina (procianidina B3). ,dimetilcedrusina,
fucoarabinogalactano, ácido acetil aleuritólico.
Óleos essenciais: borneol, acetato de bornila, cadina-4, 10-(14)-dien-1α-ol, sesquicineol, dihidro-sesquicineole, β-cariofileno, α e β-bisabolol, germacreno D, biciclogermacreno, β-elemeno, 6-metil-5-hepten-2-one, trans e cis-α-bergamoteno, γ-elemeno, γ-gurjuneno epóxido, sesquisabineno, (Z)-γ-bisaboleno, (E)-nerolidol, gossonorol, selin-11-en-4α-ol, 1-isopropil-7-metil-4-metileno-1,3,4,5,6,8-hexaidro-2H-naftalen-4a-ol, α-eudesmol (9,3%) e guaiol.
Formas
de uso: Durante séculos os índios têm utilizado sua seiva para
pincelar ferimentos e estancar o sangramento, acelerando a cicatrização e
evitando infecção.
Indicações: é indicada
como, hemostática, anti-inflamatória, antisséptica, antibacteriana,
antifúngica, cicatrizante, vulnerária e anti-herpética.
Observações: os
primeiros escritos sobre seu emprego medicinal datam do século XVII quando um
naturalista espanhol descobriu que os poderes curativos de sua resina já eram
amplamente conhecidos pelas populações nativas das Américas, desde o México até
o Peru e Equador, cujo emprego, tanto da resina como da casca era usado como
remédio natural pelos índios da Amazônia.
Referências
bibliográficas
CAMILLO,
J.; VIEIRA, R. F. Croton urucurana. In: VIEIRA, R. F. V. et al.
(Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou
potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA,
2016. p. 755.
FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e
científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 274.
LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e
exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008,
p. 243.
CAMILLO, J.; VIEIRA, R. F. Croton urucurana.
In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies
nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para
o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 753-754.