TIRIRICA: planta daninha que possui propriedades anti-inflamatória, balsâmica e estimulante

 

Nome científico: Cyperus rotundus L.

Sinonímias: Cyperus bicolor Vahl, Cyperus marítimas Bojer., Chlorocyperus rotundus (L.) Palia.

Família: Cyperaceae

Nomes populares: tiririca, tiririca-comum, junça, junça-aromática, alho, capim-dandá.

Origem: É nativa da índia e amplamente disseminada em mais de 90 países do mundo

Descrição botânica: pequena erva ereta, tuberosa e rizomatosa, de haste triangular, de 10-60 cm de altura, de folhas basais e lineares de cor verde-brilhante. Flores minúsculas, dispostas em amplas inflorescências de cor marrom, de longo pedúnculo, com raízes, rizomas e tubérculos totalmente interligados formando uma rede subterrânea que quase impossibilita a sua erradicação.

Parte da planta para uso: sementes e rizomas.

Constituintes químicos: o óleo essencial obtido dos rizomas tem hidrocarboneto cypereno I e substâncias mono e sesquiterpenóides, como a alpha-cyperona - uma cetona sesquiterpênica, como principal constituinte.

Formas de uso: o extrato dos tubérculos é considerado cientificamente um remédio eficaz no tratamento da febre, diarréia e cólera conforme os princípios da medicina Avurvedica.  

Indicações: tratamento de feridas, tuberculose, pneumonia, escabiose e pústulas. Possui propriedades anti-inflamatória, balsâmica, estimulante, diurética, anti-helmíntica, antipirética, ante- histamínica, adstringente, caritativa, diaforética, estomáquica, hipotensora e vermífuga.

Observações: é uma praga de difícil erradicação nos jardins e campos agrícolas por causa de seu sistema subterrâneo, sendo considerada uma das piores plantas daninhas da agricultura em todo o mundo.

Referências bibliográficas

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa.

MATOS, F. J. A., 1985, observações experimentais, no Horto de Plantas Medicinais do Projeto Farmácias-Vivas da UFC, inédito.

GUPTA, M.B. et al 1980, Anti-inflammatory and antipyretic activities of B-sitosterol. Planta Média 39: 157-163.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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