MARROIO-BRANCO: herbácea anual cujo chá das folhas se atribui atividade diurética, febrífuga, expectorante e antiespasmódica

 

Nome científico: Marrubium vulgare L.

Sinonímias: Marrubium hamanlum Kunth, Marrubium alhum Gars., Marrubium apulum Tem., Marrubium germanicum Schranck ex Steud., Marrubium propinquum Benth., Marrubium vulgare var. lanatum Benth.

Família: Labiatae (Lamiaceae)

Nomes populares: marroio, marroio-comum, malvão, marroio-branco, bom-homem, erva-virgem, hortelã-grande, hortelã-da-folha-grossa, hortelã-do-mara-nhão.

Origem: nativa da Europa, Ásia e norte da África

Descrição botânica: herbácea anual, ereta, pouco ramificada, algumas vezes com ramos prostrados, fortemente aromática, de ramos tipicamente quadrangulados e sulcados, pubescentes, de 30 a 60 cm de altura, possui folhas simples, curto-pecioladas, semicarnosas, com nervuras impressas, de 4,5 a 6,0 cm de comprimento. Inflorescências axilares e terminais, multifloras, congestas, com flores labiadas de cor róseo-esbranquiçada ou branca.

Parte da planta para uso: toda a planta.

Constituintes químicos: Na sua composição química destacam-se a presença de marrubina, taninos, glicosídeos, ácido gálico e óleo essencial.

Formas de uso: usa-se na forma de chá das folhas, que se atribui atividade diurética, febrífuga, béquica, expectorante, antiespasmódica, estimulante digestivo e cardíaca. É uma fonte de sabor para alguns remédios contra tosse e resfriados, além de ser eficaz como aperitivo, uma vez que sabores amargos estimulam a produção de ácidos pelo estômago, aumentando o apetite.

Indicações: possui atividades antisséptica e expectorante, utilizada para reduzir inflamação e aliviar espasmos, além de aumentar a taxa de transpiração e o fluxo biliar. Internamente é empregada contra bronquite, asma, tosse e resfriados, tosse-comprida, febre tifóide, palpitações e problemas do fígado e da vesícula.

Observações: O seu uso na medicina tradicional remonta à Idade Média na Europa. O relato mais antigo do seu emprego data de 400 anos A.C., quando o médico grego Hipócrates mencionou a planta em um trabalho sobre infertilidade feminina

Referências bibliográficas

Albuquerque, J.M., de. 1989. Plantas Medicinais de Uso Popular. ABEAS, Brasília. 100 pp.

Alzugaray, D. & C. Alzugaray. 1996. Plantas que curam. Editora Três, São Paulo. 2 vols.

Boorhem, R.L. et al. 1999. Reader's Digest - Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader's Digest Brasil Ltda., Rio de Janeiro.416 p.

Bown, D. 1995. The Herh Society of América - Encyclopedia of Herbs & Their Uses. Dorling Kindersley Publishing Inc. New York.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Van den Berg, M.E. 1993. Plantas Medicinais ma Amazônia - Contribuição ao seu conhecimento sistemático. Museo Paraense Emilio Goeldi, Belém. 206 pp.

Vieira, L.S. 1992. Fitoterapia da Amazônia - Manual de Plantas Medicinais. Ed. Agr.Ceres. São Paulo. 350 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem