AMAROGENTINA: é um glicosídeo secoiridóide presente na planta Swertia chirata e possui atividades antibacteriana, anti-hepatite, anticolinérgica e quimio preventiva

 

Swertia chirata

A amarogentina, é um glicosídeo secoiridóide presente na planta Swertia chirata, é um ativador do receptor do sabor amargo humano. A Swertia chirayita é uma erva popular medicinal nativa do Himalaia. Swertia , é um gênero da família Gentianaceae, inclui um grande grupo de ervas anuais e perenes, representando aproximadamente 135 espécies. As espécies de Swertia são ingredientes comuns em vários remédios fitoterápicos.  

Amarogentina

Na Índia, são registradas 40 espécies de Swertia , das quais, Swertia chirayita é considerada a mais importante por suas propriedades medicinais. É usada na medicina tradicional para tratar várias doenças, como distúrbios hepáticos, malária e diabetes, e relata-se que possui um amplo espectro de propriedades farmacológicas. Seu uso medicinal está bem documentado no códice farmacêutico indiano, nas farmacopeias britânica e americana e em diferentes medicinas tradicionais, como Ayurveda, Unani, Siddha e outros sistemas médicos convencionais. Esta erva etnomedicinal é conhecida principalmente por seu sabor amargo causado pela presença de diferentes compostos bioativos que estão diretamente associados ao bem-estar da saúde humana.  

Amarogentina

Farmacologicamente, a amarogentina possui atividades antibacteriana, anti-hepatite, anticolinérgica e quimiopreventiva; além disso, a amarogentina foi comprovada por sua atividade anti-lieshmania. Outros estudos também sugeriram que a amarogentina atua na carcinogênese hepática, carcinogênese cutânea e redução da progressão tumoral. A amarogentina é responsável pelo intenso sabor amargo da planta e é frequentemente usada na medicina tradicional e remédios fitoterápicos. Tem sido usado há séculos como estimulante digestivo e intensificador de apetite. Além disso, acredita-se que a amarogentina possua várias propriedades medicinais, incluindo efeitos anti-inflamatórios, antimicrobianos e antioxidantes. Devido ao seu sabor amargo, a amarogentina também é utilizada na produção de bebidas alcoólicas, principalmente bitters e licores. Acrescenta um sabor amargo distinto e é comumente encontrado em produtos como Angostura bitters. Espécies que apresentam a amarogentina:

REINO

FAMÍLIA

ESPÉCIES

Plantae

Gentianaceae

Gentiana lutea

Plantae

Gentianaceae

Gentiana sp.

Plantae

Gentianaceae

Swertia japonica

Plantae

Gentianaceae

Swertia spp.

Referências Bibliográficas

Behrens, M., Brockhoff, A., Batram, C., Kuhn, C., Appendino, G., & Meyerhof, W. (2009). The human bitter taste receptor hTAS2R50 is activated by the two natural bitter terpenoids andrographolide and amarogentin. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 57(21), 9860-9866.

Ishimaru, K., Sudo, H., Satake, M., Matsunaga, Y., Hasegawa, Y., Takemoto, S., & Shimomura, K. (1990). Amarogentin, amaroswerin and four xanthones from hairy root cultures of Swertia japonica. Phytochemistry, 29(5), 1563-1565.

Keil, M., Härtle, B., Guillaume, A., & Psiorz, M. (2000). Production of amarogentin in root cultures of Swertia chirata. Planta médica, 66(05), 452-457.

Medda, S., Mukhopadhyay, S., & Basu, M. K. (1999). Evaluation of the in-vivo activity and toxicity of amarogentin, an antileishmanial agent, in both liposomal and niosomal forms. Journal of Antimicrobial chemotherapy, 44(6), 791-794.

Pal, D., Sur, S., Mandal, S., Das, A., Roy, A., Das, S., & Panda, C. K. (2012). Prevention of liver carcinogenesis by amarogentin through modulation of G 1/S cell cycle check point and induction of apoptosis. Carcinogenesis, 33(12), 2424-2431.

Patel, K., Kumar, V., Verma, A., Rahman, M., & Patel, D. K. (2019). Amarogentin as topical anticancer and anti-infective potential: scope of lipid based vesicular in its effective delivery. Recent patents on anti-infective drug discovery, 14(1), 7-15.

Medda, S., Mukhopadhyay, S., & Basu, M. K. (1999). Evaluation of the in-vivo activity and toxicity of amarogentin, an antileishmanial agent, in both liposomal and niosomal forms. Journal of Antimicrobial chemotherapy, 44(6), 791-794.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem