CASCA-PRECIOSA: planta amazonense cujo óleo essencial é empregado para acnes, resfriados, tosse, dermatites e cuidados com a pele

 

Nome científico: Aniba canelilla (Kunth) Mez

Sinonímias: Aniba elliptica A. C. Sm., Cryptocarya canelilla Kunth

Família: Lauraceae

Nomes populares: preciosa, casca-preciosa, pau-rosa, casca-do-maranhão, folha-preciosa.

Origem: nativa da região Amazônica.

Descrição botânica: árvore perenifólia, de 20-25 m de altura, com tronco de 40-70 cm de diâmetro, revestido por casca avermelhada e muito aromática. Folhas simples, glabras, cartáceas, de 12-20 cm de comprimento. Flores pequenas, de cor amarelada, reunidas em inflorescências paniculadas terminais. Os frutos são bagas ovoides de cor escura.

Parte da planta para uso: casca, folhas, sementes.

Constituintes químicos: eugenol, linalol, metileugenol, anabasina, anibina e tanino. O forte aroma de canela de sua casca é atribuído a um composto nitrogenado muito peculiar denominado “l-nitro-2-feniletano”.

Formas de uso: o chá de sua casca e folhas é considerado antiespasmódico, digestivo, eupéptico, peitoral e excitante, sendo empregada para artrites, hidropisia, catarro crônico, sífilis, leucorreia, aerofagia e males do coração. O óleo essencial é empregado também na medicina caseira para amenizar a dor após a extração de dentes, embebendo-o em algodão e aplicando-se sobre o ferimento. Além disso, em óleo essencial é empregado para acnes, resfriados, tosse, dermatites e cuidados com a pele, febres, dor-de-cabeça, infecções diversas e ferimentos, tensão nervosa e náusea.  pó das sementes raladas colocado em água é utilizado para combater disenterias e diarréia.

Indicações: acne, Albuminuria, artrite, caquexia palustre, carminativo, catarros crônicos, clorose, debilidade, dermatite, diarreia, digestivo, disenteria, edema dos pés, enxaquecas, esfoliação, esgotamento nervoso, espasmos, febre, feridas, fraqueza, frigidez, gases, hidropisia, infecção, leucorreia, malária, males do estômago, náusea, neurastenia, peitoral, perda de memória, resfriados, reumatismo, sífilis, tensão nervosa, tônico, tosses.

Observações: A planta tem uma longa história de uso na medicina caseira, cuja origem é atribuída aos índios da Amazônia, que a utilizam por séculos.

Referências bibliográficas

Gottlieb, O.R. & M.T. Magalhães. 1960. Essential oil of the bark and wood of Aniba canelilla. Perf Essent. Oil Record 51:69-70.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Mors, W. B., C.T. Rizzini & N.A. Pereira. 2000. Medicinal Plants of Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac.

Silva, M. F. de et al. 1977. Nomes Vulgares de Plantas Amazônicas. INPA, Manaus.

Mors, et al. 1962. Naturally occurring aromatic derivatives of monocyclic alpha-pyrones. In: L. Zechmeister (ed.). Progress in the Chemistry of Organic Natural Products 20:131-164. Springer-Verlag, Vienna.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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