CHICHUÁ: árvore de pequeno cuja maceração da casca é utilizada para anemia e fadiga

 

Nome científico: Maytenus guyanensis Klotzsch ex Reisse 

Sinonímias: Monteverdia guianensis (Klotzsch ex Reissek) Biral.

Família: Celastraceae

Nomes populares: chichuá, xixuá, chuchahuasi, chucchu huashu, chuchuasi, chuchasha e tonipulmon.

Origem: Brasil

Descrição botânica: árvore de pequeno, com folhas oblongas lanceoladas ou elípticas, inteiras, acuminadas, coriáceas e lustrosas na face superior, de 10-20 cm de comprimento e 3-4 cm de largura, cartácea, veia central proeminente em ambas as faces, secundárias inconspícuas; ápice acuminado a cuspiado com pecíolo de 4 mm de largura, inflorescência axilar, flores numerosas, pentâmeras diminutas, cálice colorido com dentes decíduos e pétalas obovadas de cor branca, o fruto em forma de cápsula ovoide, sementes oblongas com arilo branco.

Parte da planta para uso: casca, folhas e raiz.

Constituintes químicos:  Friedelina, friedelanol, 16β-hidroxifriedelina, 29-hidroxifriedelina, tingenona, 22β-hidroxitingenona (tingenona B), 22β-hidroxipristimerina, α-amirina, β-amirina; β-sitosterol, Triterpenos pentacíclicos: 3-oxofriedelano, 3β-hidroxifriedelano, 3-oxo-16β-hidroxifriedelano , A madeira do tronco e a raiz apresentam 4'-O-metil-(-)-epigalocatequina, proantocianidina A, dulcitol, sitosterol, β-sitostenona e frielan-3,7-diona; a madeira do tronco também possuía N,N-dimetilserina; alcaloide sesquiterpênico: maiteína.

Formas de uso: a maceração da casca é utilizada para anemia e fadiga. O chá por decocção das folhas é utilizado como cicatrizante.  Suas raízes e caule são utilizados como analgésico, anti-inflamatório, afrodisíaco, relaxante muscular, antirreumático e antidiarreico. As folhas da espécie no preparo de chá e pomada também são indicadas no tratamento de artrite, impotência, resfriado, bronquite, hemorroidas, verminoses, lumbago, úlceras externas e usos ginecológicos.

Indicações: antileishmaniose, atividade antimalárica, antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica.

Observações: Não foram encontrados dados relacionados à contraindicação dessa espécie.

Referências bibliográficas

BORRÁS, M.R.L. Plantas da Amazônia: medicinais ou mágicas - Plantas comercializadas no Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Manaus: Valer, 322pp. 2003.

DE SOUSA, J. R. et al. A sesquiterpene evoninoate alkaloid from Maytenus guianensis. Phytochemistry, v. 25, n. 7, p. 1776-1778, 1986.

LIMA, R. A. Antifungal activities of extract ethanolic from the barks of Maytenus guianensis klotzsch ex reissek on Candida albicans. Rev Biota Amazônia, Macapá, v. 6, n. 2, p. 56-61, 2016a.

MENEGUETTI, D. U. O. et al. Antimalarial ethnopharmacology in the Brazilian Amazon. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 35, n. 4, p. 577-587, 2014.

NUNES, R. O. Prospecção etnofarmacológica de plantas medicinais utilizadas pela população remanescente de quilombolas de Rolim de Moura do Guaporé, Rondônia, Brasil. 2016. 200f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.

SILVA, T. M. et al. Antibacterial activity of fractions and isolates of Maytenus guianensis Klotzsch ex Reissek (Celastraceae) Chichuá Amazon. Rev Soc Bras Med Trop., v. 51, n. 4, p. 533-536, 2018.

SINGH, B.; DUBEY, M. M. Estimation of triterpenoids from Heliotropium maifolium Kohen ex Retz in vivo and in vitro: antimicrobial screening. Phytotherapy Research, v. 15, n. 3, p. 231-234, 2001.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem