EUCALIPTO: planta cujo óleo essencial é indicado para problemas respiratórios, congestão nasal, asma e sinusite

Nome científico: Eucalyptus globulus Labill.

Sinonímias: Eucalyptus gigantea Denham, Eucalyptus gigantea Denham, Eucalyptus gigantea Denham, Eucalyptus gigantea Desf., 1832, Eucalyptus globulus var. bicostata mai-den, Eucalyptus globulus var. stjohnii F.Muell., Eucalyptus globulus var. stjohnii F.Muell. ex R.T.Baker.

Família:  Myrtaceae

Nomes populares:  árvore-da-febre, comeiro-azul, eucalipto, gomeiro-azul, mogno-branco, eucalipto-limão.

Origem: originário da Tasmânia e introduzida no Brasil no início do século XX.

Descrição botânica: árvore de grande porte medindo até 60 m de altura, com folhas coriáceas, opostas, de dois tipos morfológicos diferentes, as dos ramos jovens são azuladas, largas e peitadas, porém as dos ramos maduros são mais estreitas, lanceoladas ou em forma de foice. Existem diferentes tipos de folhas existentes numa mesma árvore. Flores e botões florais solitários na axila das folhas. Os frutos são operculados, medindo até 1,5 cm de comprimento. É raro a floração e frutificação desta espécie no Brasil.

Parte da planta para uso: folhas 

Constituintes químicos: a análise fitoquímica das folhas mostra como principal componente o óleo essencial que tem mais até 80% de 1,8-cineol ou eucaliptol, acompanhado de vários monoterpenos, sesquiterpenos, álcoois, cetonas, aldeídos e ésteres; na madeira ocorrem vários constituintes fixos compreendendo taninos, flavonoides como a quercetina e triterpenóides pentacíclicos além de outras substâncias fenólicas; nas folhas, além do óleo essencial, foram isolados taninos, os ácidos gálico, glicólico e glicérico, glicosídios flavônicos, quercetina, campferol e triterpenóides e, cera com composto dicetônico com forte atividade antioxidante; vários compostos denominados euglobais e macrocarpais, foram identificados, ainda, nas folhas e nos botões florais.

Formas de uso: as folhas dos ramos adultos, colhidos no verão e secas ao ar, são usadas tanto nas práticas caseiras da medicina popular, como pela indústria farmacêutica para obtenção da tintura e do óleo essencial de onde é separado o eucaliptol, em ambos os casos como anticatarral. Nas práticas caseiras, o chá preparado com 4-6 folhas bem picadas em água fervente na quantidade suficiente para uma xícara das médias, é usado para fazer a inalação dos vapores de água fervente com as folhas e empregada para o tratamento da gripe, congestão nasal e sinusite.

Indicações: o seu óleo essência é indicado para problemas respiratórios, congestão nasal, asma e sinusite. Como expectorante, ocasiona uma redução da viscosidade do catarro, o que auxilia em sua eliminação. Também é indicado como antitussígeno.

Observações: Outras espécies de eucalipto também são usadas no Brasil para uso medicinal como Eucalyptus tereticornis Smith e Eucalyptus citriodora Hook.

Referências bibliográficas

Costa, A.F. 1975. Farmacognosia. 3.ed. Lisboa: Fundação Calouste-Gulbenkian., 3v.v. 1,1031 pp.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Sousa, M.P., M.E.O. Matos, F.J.A. Matos et al. 1991. Constituintes químicos de plantas medicinais brasileiras. Impr. Universitária / UFC, Fortaleza, 416 pp.

Matos, F.J.A. 2000. Plantas Medicinais - guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. Impr. Universitária / Edições UFC, Fortaleza, 344 pp.

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