EUPATILINA: é uma trimetoxiflavona encontrada principalmente na Eupatorium capillifolium

Eupatorium capillifolium

A eupatilina é uma trimetoxiflavona encontrada principalmente na Eupatorium capillifolium e na Chromolaena odorata, apresenta atividades anticancerígenas, antioxidantes, anti-inflamatória, antiúlcera e antineoplásica. As potentes propriedades anti-inflamatórias da eupatilina servem como seu principal uso na medicina tradicional. Vários estudos demonstraram sua capacidade de inibir citocinas e enzimas pró-inflamatórias, levando a uma redução de distúrbios relacionados à inflamação, como artrite e asma. Especula-se que a eupatilina possa ser submetida à otimização estrutural para a síntese de análogos derivados para reforçar sua eficácia, minimizar a toxicidade e otimizar os perfis de absorção, o que acabará por levar a potentes candidatos a medicamentos. 

Eupatilina

O mecanismo de ação da eupatilina envolve a supressão direta da ativação do fator nuclear-κB (NF-κB) e a inibição da produção de mediadores inflamatórios, isto torna a eupatilina um candidato importante para futuros desenvolvimentos farmacêuticos direcionados a doenças associadas à inflamação. Além disso, a eupatilina apresenta um potencial farmacológico como agente anticancerígeno natural. Pesquisas indicam que a eupatilina inibe o crescimento de células cancerígenas e induz a apoptose em vários tipos de malignidades, incluindo câncer de mama, cólon e pulmão. Sua maior qualidade está em atingir seletivamente as células cancerígenas enquanto poupa as células saudáveis, uma alternativa potencialmente mais segura à quimioterapia convencional. O composto consegue isso através da modulação das principais vias de sinalização celular envolvidas na proliferação e sobrevivência celular. 

Eupatilina

Dadas suas atividades anticancerígenas multifacetadas, mais estudos são necessários para elucidar completamente seus mecanismos. A eupatilina também demonstrou efeitos neuroprotetores, abrindo portas para possíveis intervenções terapêuticas para distúrbios neurodegenerativos, como a doença de Alzheimer. Sua capacidade de prevenir a morte celular neuronal, reduzir o estresse oxidativo e inibir a neuro inflamação destaca seu potencial no combate aos intrincados processos subjacentes a essas condições. Ao direcionar vários caminhos, a eupatilina mostra seu potencial ao fornecer novas estratégias de tratamento que podem mitigar os efeitos devastadores das doenças neurodegenerativas. Além disso, a eupatilina mostrou-se promissora no gerenciamento de síndromes metabólicas, incluindo obesidade, diabetes e doença hepática gordurosa. Ao inibir o estresse oxidativo e reduzir a resistência à insulina, esse composto exibe uma interação inteligente nas complexas vias metabólicas envolvidas nesses distúrbios. Pesquisas recentes sugerem que a eupatilina pode aumentar o metabolismo lipídico dos adipócitos e melhorar a homeostase da glicose, oferecendo um caminho atraente para futuras intervenções farmacológicas. Espécies que possuem a euptilina na sua composição:

REINO

FAMÍLIA

ESPÉCIES

Plantae

Asteraceae

Artemisia giraldii

Plantae

Asteraceae

Artemisia ludoviciana var. mexicana

Plantae

Asteraceae

Artemisia mongolica

Plantae

Asteraceae

Artemisia nitida

Plantae

Asteraceae

Artemisia oliveriana

Plantae

Asteraceae

Artemisia porrecta

Plantae

Asteraceae

Artemisia umbelliformis

Plantae

Asteraceae

Artemisia verlotiorum

Plantae

Asteraceae

Artemisia vulgaris

Plantae

Asteraceae

Baccharis gaudichaudiana

Plantae

Asteraceae

Baccharis gaudichaudiana DC

Plantae

Asteraceae

Chrysanthemum indicum

Plantae

Asteraceae

Eriocephalus punctulatus

Plantae

Asteraceae

Eupatorium capillifolium

Plantae

Asteraceae

Eupatorium semiserratum

Plantae

Asteraceae

Inula britannica

Plantae

Asteraceae

Tanacetum polycephalum

Plantae

Asteraceae

Tanacetum vulgare

Plantae

Fabaceae

Ononis vaginalis

Plantae

Labiatae

Salvia cardiophylla

Plantae

Labiatae

Salvia palaestina

Plantae

Labiatae

Salvia sclarea

Plantae

Labiatae

Salvia tomentosa

Plantae

Labiatae

Sideritis gomeraea

Plantae

Labiatae

Sideritis tomentosa

Plantae

Monocleaceae

Monoclea gottschei

Plantae

Plantaginaceae

Veronica officinalis

Plantae

Plantaginaceae

Veronica orchidea

Plantae

Plantaginaceae

Veronica teucrium

Plantae

Rutaceae

Citrus reticulata


Referências Bibliográficas

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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