MARAPUAMA: planta amazonense indicada para o tratamento da impotência sexual masculina e feminina

Nome científico: Ptychopetalum olacoides Benth.

Família: Olacaceae

Nomes populares: marapuama, mara puama, muirapuama, marapama.   

Origem: nativa da região Amazônica.

Descrição botânica: arvoreta de 4-5 m de altura, decídua, folhas simples, cartáceas, curto-pecioladas, totalmente glabras em ambas as faces, de 6-10 cm de comprimento por 2-3 cm de largura. As flores, de cor branca e discretas, possuem forte e penetrante perfume semelhante ao jasmin. Os frutos são cápsulas oblongas de cor marrom.  

Parte da planta para uso: Lenho e casca.

Constituintes químicos: Alcalóide (marapuamina 0,05%); monoterpenos (aterpineno, linalol, mirceno, cumarinas); triterpenos (ácidos oleanólico, urônico, lupeol, aminopiranosil); sesquiterpenos (β-bisaboleno, β-pineno, canfeno, cânfora); flavonoides; compostos fenólicos; xantonas; saponinas; lipídeos; e matérias resinosas ricas em ácidos orgânicos e taninos. 

Formas de uso: Os índios a usam internamente na forma de chás para tratamento da impotência sexual, para problemas neuromusculares, gripe, reumatismo e, astenia cardíaca e gastrointestinal. É também usado externamente na forma de banhos para tratamento da paralisia e do beri-beri.

Indicações: Sua principal indicação é nas doenças do sistema nervoso, sendo eficaz na ataxia locomotora e na impotência sexual masculina e feminina. Tem ação tônica, afrodisíaca, excitante do sistema nervoso central, antidepressiva, antirreumática, tônico capilar e antitremor. Útil também, portanto, na fadiga, na falta de memória, dificuldades de concentração, depressão, stress, cansaço mental, sequelas neurológicas, neuralgias, paralisias motoras, ataxias e reumatismos. Como fito cosmético é utilizado para queda de cabelos.

Observações: desde tempos remotos os índios Amazônicos vêm usando todas as suas partes com fins medicinais, mas suas cascas e raízes são as principais partes utilizadas nos dias de hoje. Desde o início do século XX suas propriedades despertaram o interesse dos herbalistas da Europa e de outros países da América do Sul. Sua reputação de “planta afrodisíaca” é bem conhecida de longa data entre os herbalistas, contudo seu efeito tônico sobre o sistema nervoso, seu poder antirreumático e para solução de desordens gastrointestinais é igualmente bem conhecido.

Referências bibliográficas

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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