Nome
científico: Buddleja brasiliensis Jacq. ex Spreng.
Sinonímias: Buddleja
australis Vell., Buddleja albotomentosa R.E. Fr., Buddleja neemda Link.
Família: Loganiaceae
Nomes
populares: barbasco, barbasco-do-brasil, barrasco, barasco,
barbaço, calça-de-velha, calção-de-velho, carro- santo, cezarinha,
flor-de-verbasco, oassoma, tingui-da-praia, vassoura, vassourinha,
verbaco-do-brasil, verbasci, verbasco, verbasso.
Origem: nativo
de quase todo o Brasil
Descrição
botânica: arbusto ereto, perene, ramificado, de ramos angulados e
às vezes alados, de 0,80-1,6 m de altura. Folhas simples, opostas, sésseis,
denso-tomentosas, de 10-17 cm de comprimento. Flores amarelas, reunidas em
glomérulos axilares na extremidade dos ramos, simulando uma inflorescência
terminal espigada de 10-30 cm de comprimento. Sob ferimento segrega um líquido
viscoso e pegajoso. Multiplica-se apenas por sementes.
Parte
da planta para uso: folhas, raízes, flores.
Constituintes
químicos: O glicósido fenilpropanóide verbascosídeo [2-
(3,4-di-hidroxifeniletil) -1-O-α-L- ramnopiranosil- (1 → 3) -β-D-
(4-O-caffilil) -glucopiranósido] foi isolado como constituinte principal do
extrato bruto de Buddleja brasiliensis Jacq. ex Spreng do sul do Brasil.
Formas
de uso: o decocto feito por fervura de pedacinhos da planta toda
em 1 litro de água e usado na forma de banhos, é indicada contra contusões,
reumatismo, artrites, hemoptises, machucaduras e quadros de dores em geral.
Contra afecções catarrais das vias respiratórias, compreendendo gripe forte,
asma, bronquites e tosses, cita o uso da infusão desta planta, na dose de 3 a 4
xícaras das médias por dia, preparada por adição de 1 litro de água fervente a
1 xícara das médias de pedaços de seus ramos com folhas e flores bem picados.
Como emoliente e anti- hemorroidal é usado o mesmo tipo de banho ou a
cataplasma de suas folhas frescas
Indicações:
bronquite, catarro, contusão, doença pulmonar, hemoptise. Lavagem dos olhos de
animais e de pisaduras em equinos.
Observações: Esta
planta é considerada tóxica para peixes e, talvez também para o ser humano, se
usada em doses excessivas.
Referências
bibliográficas
Alzugaray,
D. & C. Alzugaray. 1996. Plantas que curam. Editora Três,
São Paulo. 2 Vol.
Caribé,
J. & J.M. Campos. 1977. Plantas que ajudam o Homem, 5a. ed.
Cultrix/Pensa- mento, São Paulo.
Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
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Smith,
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