CARAMBOLA: frutífera nativa da Malásia, indicada para afecções da pele como erupções, pruridos intensos e eczemas

 

Nome científico: Averrhoa carambola L.

Sinonímias: Averrhoa acutangula Stokes, Averrhoa microphylla Tardieu, Averrhoa pentandra Blanco, Connaropsis philippica Villar, Sarcotheca philippica Hallier fil.

Família: Oxalidaceae

Nomes populares: carambola, carambola-doce, caramboleira, limão-de-caiena, camerunga. 

Origem: nativa da Malásia e Indonésia. Foi trazida para o Brasil no início do século XIX.

Descrição botânica: árvore perenifólia, de 4-6 m, de copa densa, arredondada e baixa, folhas compostas pinadas, com 5-10 folíolos cartáceos, quase glabros, de 4-6 cm de comprimento. Flores pequenas, de cor purpurácea ou rósea, dispostas em racemos axilares curtos. Os frutos são bagas alongadas formadas por 5 gomos salientes, de cor amarelada ou alaranjada, contendo polpa carnosa aromática e agridoce.

Parte da planta para uso: flores, folhas, frutos.

Constituintes químicos:  Na sua composição destaca-se a presença nas folhas, de alcaloides, saponinas, taninos, glicosídeos, ácido oxálico, enxofre e ácido fórmico e, nos frutos, ácidos orgânicos e vitamina C.

Formas de uso: o chá de suas folhas é preparado adicionando-se água fervente em 1 xícara (chá) contendo 1 colher (sopa) de folhas picadas frescas, na dose de 1 xícara (chá) antes das refeições. Para afecções da pele (erupções, pruridos intensos, eczemas e vermelhidão) e contra picadas de inseto, é recomendado o seu uso externo na forma de cataplasma, preparada amassando-se em pilão 1 colher (sopa) de folhas frescas picadas e aplicada sobre a área afetada duas a três vezes ao dia e deixando agir por um período de 15 minutos.  

Indicações: eczema, afecção dos rins e bexiga; diabete, disenteria, escorbuto, febre, picada de animal peçonhento.

Observações: pessoas com intestino preso devem evitar o consumo. Se consumida em grande quantidade, por um longo período, pode causar o surgimento de pedras nos rins, devido ao ácido oxálico.

Referências bibliográficas

Corrêa, M.P. 1926-1975. Dicionário de Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas - vol. II. Ministério da Agricultura. RJ.

Lorenzi, H.; Lacerda, M.T.C.; Bacher, L.B. Frutas no Brasil: nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 2015. 

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Panizza, S. 1998. Plantas que curam (Cheiro de Mato) – 3ª edição. IBRASA, São Paulo.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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