ESPORÃO-DE-GALO: planta nativa da América do Sul que tem sido usada para tratar doenças respiratórias como tosse, bronquite e asma

 

Celtis ehrenbergiana (Klotzsch) Liebm., comumente conhecida como Esporão-de-galo é uma espécie de árvore pertencente à família Cannabaceae. É uma árvore caducifólia que pode atingir alturas de 10 a 15 metros. Possui copa arredondada e tronco relativamente curto. A casca é marrom-acinzentada com sulcos e cristas superficiais. As folhas são simples, alternadas e serrilhadas, de formato elíptico a oval. Eles são tipicamente verdes escuros e têm uma textura áspera. A árvore produz flores pequenas e imperceptíveis e frutos pequenos e redondos. É nativa da América do Sul, encontrada especificamente em países como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. É comumente encontrada em vários tipos de florestas, incluindo matas ciliares e matas de galeria. É adaptável a diferentes tipos de solo e pode tolerar condições úmidas e secas. Pode ser encontrado crescendo em uma variedade de habitats, incluindo margens de rios, planícies aluviais e áreas perturbadas. A árvore é adequada para climas subtropicais e temperados. Desempenha um papel ecológico significativo em sua área de distribuição nativa. Os frutos da árvore são consumidos por diversos pássaros e mamíferos, que ajudam a dispersar as sementes. A árvore também fornece habitat e abrigo para a vida selvagem. Tem diversos usos práticos. A madeira é durável e tem sido utilizada para fazer móveis, construção e cabos de ferramentas. Os frutos da árvore são comestíveis e podem ser consumidos in natura ou utilizados no preparo de compotas e geleias. Além disso, a árvore às vezes é plantada como espécie ornamental em jardins e parques devido à sua atraente folhagem e frutos. A Celtis ehrenbergiana (Klotzsch) Liebm., tem uma história de usos medicinais tradicionais em certas culturas. Embora os estudos científicos sobre as suas propriedades medicinais sejam limitados, 

Alguns usos tradicionais relatados da Celtis ehrenbergiana:

Problemas respiratórias: Na medicina tradicional, ela tem sido usada para tratar doenças respiratórias como tosse, bronquite e asma. Acredita-se que tenha propriedades expectorantes e calmantes que podem ajudar a aliviar os sintomas.

Efeitos anti-inflamatórios: Alguns usos tradicionais da Celtis ehrenbergiana envolvem o tratamento de doenças inflamatórias. A planta tem sido usada topicamente ou internamente para reduzir a inflamação associada a doenças como artrite e reumatismo.

Distúrbios gastrointestinais: ela tem sido usada tradicionalmente para tratar vários problemas gastrointestinais. Tem sido empregado como remédio para diarreia, disenteria e dores de estômago.

Cicatrização de feridas: a casca da Celtis ehrenbergiana tem sido usada topicamente para promover a cicatrização de feridas. Acredita-se que possua propriedades que auxiliam na limpeza e proteção de feridas, facilitando o processo de cicatrização.

Atividade antioxidante e antimicrobiana: contém vários fitoquímicos, incluindo antioxidantes e compostos potencialmente antimicrobianos. Estas propriedades podem contribuir para o seu uso tradicional no apoio à saúde geral e no combate a infecções. É importante notar que os usos medicinais da Celtis ehrenbergiana baseiam-se principalmente no conhecimento tradicional e em evidências anedóticas. Os estudos científicos que exploram as propriedades medicinais específicas, os compostos ativos e os potenciais efeitos colaterais da Celtis ehrenbergiana são limitados.

alguns métodos para preparar preparações medicinais usando Celtis ehrenbergiana:

Infusão: Adicione 1-2 colheres de chá de folhas secas ou casca de árvore a uma xícara de água fervente. Deixe em infusão por cerca de 10-15 minutos e depois coe o líquido. A infusão resultante pode ser consumida como chá. Acredita-se que tenha potenciais benefícios respiratórios e anti-inflamatórios.

Decocção: Adicione um punhado de casca picada a uma panela com água e deixe ferver. Deixe ferver por cerca de 15 a 20 minutos. Coe o líquido e deixe esfriar antes de usar. A decocção resultante pode ser usada topicamente para cicatrização de feridas ou por via oral para problemas gastrointestinais.

Cataplasma: Um cataplasma pode ser feito esmagando ou moendo folhas frescas ou casca de Celtis ehrenbergiana até formar uma pasta. Aplique esta pasta diretamente na área afetada, como feridas ou inflamações da pele. Cubra a área com um pano limpo ou curativo. O cataplasma pode ser trocado regularmente conforme necessário.

Tintura: Uma tintura pode ser feita macerando as folhas secas ou a casca da Celtis ehrenbergiana em álcool. Encha uma jarra de vidro com folhas ou cascas picadas e cubra-as com álcool. Feche bem o frasco e guarde-o em local fresco e escuro por várias semanas, agitando-o ocasionalmente. Após o período de maceração, coar o líquido e transferir para um frasco de vidro escuro e limpo. A tintura resultante pode ser usada topicamente ou por via oral, seguindo as orientações de dosagem adequadas. É importante salientar que estas preparações são baseadas no uso tradicional e os estudos científicos sobre a eficácia e segurança da Celtis ehrenbergiana são limitados. Embora estudos abrangentes sobre sua composição química sejam limitados, aqui estão alguns constituintes químicos relatados encontrados nesta planta:

Flavonóides: Estudos apontam que a Celtis ehrenbergiana contém flavonóides como quercetina, kaempferol e seus glicosídeos.

Triterpenos: Foi relatado que ela contém triterpenos, incluindo ácido betulínico e ácido ursólico.

Compostos Fenólicos: Descobriu-se que Celtis ehrenbergiana contém compostos fenólicos, como ácido gálico e ácido elágico.

Alcaloides: Alguns alcaloides foram identificados na Celtis ehrenbergiana, embora alcaloides específicos possam variar dependendo de fatores como localização geográfica.

Carboidratos: a Celtis ehrenbergiana contém vários carboidratos, incluindo glicose, frutose e sacarose. Esses compostos contribuem para a composição nutricional da planta. É importante observar que a composição específica e a concentração de compostos químicos na Celtis ehrenbergiana podem variar dependendo de fatores como partes da planta, condições de crescimento e métodos de extração.

Referências Bibliográficas

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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