(malva-cheirosa)
O
Pelargonium graveolens, comumente conhecido como malva-cheirosa, é uma
espécie de planta da família Geraniaceae. É um arbusto perene que cresce
até 1 metro de altura. Possui caules macios, peludos e eretos com folhas
grossas e suculentas. As folhas são profundamente lobadas e têm um aroma
distinto de rosa quando esmagadas. As flores são pequenas e possuem cinco pétalas,
geralmente variando na cor do rosa claro ao lilás. Esta espécie é nativa da
África do Sul, especificamente da região do Cabo Oriental. No entanto, é
amplamente cultivado e naturalizado em diversas regiões do mundo, incluindo
Europa, Ásia e América do Sul. As folhas e o óleo essencial de Pelargonium
graveolens são muito valorizados pelas suas propriedades medicinais e
aromáticas. O óleo essencial é obtido por destilação a vapor das folhas e é
utilizado em aromaterapia, perfumaria e produtos para a pele. Acredita-se que
tenha efeitos anti-inflamatórios, antimicrobianos e antidepressivos. Na
medicina tradicional, tem sido utilizado pelas suas propriedades calmantes,
para aliviar o stress e a ansiedade e como repelente natural de insetos. Além
dos usos medicinais e aromáticos, o Pelargonium graveolens também é
utilizado na área culinária. As folhas podem ser adicionadas a sobremesas e
diversas preparações culinárias como aromatizante. A planta é muito valorizada
por sua fragrância agradável e tem uma longa história de utilização na medicina
tradicional. Aqui estão alguns dos usos medicinais associados ao Pelargonium
graveolens:
Propriedades
anti-inflamatórias: Acredita-se que o óleo, derivado das suas folhas
e flores, possua propriedades anti-inflamatórias. Tem sido tradicionalmente
usado topicamente para aliviar a inflamação associada a doenças de pele como
eczema, dermatite e acne.
Cicatrização
de feridas: O seu óleo essencial também é conhecido por
suas propriedades cicatrizantes. Acredita-se que ajuda na regeneração das
células da pele e promove uma cicatrização mais rápida de cortes, feridas e
queimaduras. O óleo é frequentemente diluído e aplicado topicamente na área
afetada.
Atividade
antimicrobiana: Estudos demonstraram propriedades
antimicrobianas contra vários patógenos, incluindo bactérias, fungos e vírus. O
óleo essencial tem sido usado na medicina tradicional para tratar infecções de
pele, infecções fúngicas e infecções respiratórias.
Relaxamento
e alívio do estresse: O seu perfume é conhecido por seu efeito calmante
da mente e no corpo. É frequentemente usado na aromaterapia para promover
relaxamento, reduzir o estresse e melhorar o humor. O óleo pode ser difundido,
adicionado à água do banho ou utilizado em misturas de massagem pelos seus
benefícios aromáticos.
Problemas
menstruais e hormonais: Na medicina tradicional, tem sido usado
para promover a saúde da mulher e aliviar os sintomas associados à menstruação
e à menopausa. Acredita-se que ajuda a equilibrar os hormônios, aliviar as
cólicas menstruais e reduzir as alterações de humor.
O Pelargonium
graveolens, pode ser usado para criar várias preparações medicinais. Aqui
estão alguns deles:
Óleo
Essencial: O óleo essencial de Pelargonium graveolens é
muito valorizado pelas suas propriedades medicinais. Pode ser extraído por
destilação a vapor das folhas e flores da planta. Este óleo pode ser usado em
aromaterapia, diluído em óleo carreador para aplicação tópica ou adicionado a
produtos caseiros para a pele.
Óleo
Infundido: Outra forma de utilizar as propriedades medicinais do Pelargonium
graveolens é fazendo um óleo infundido. Isso envolve mergulhar as folhas e
flores da planta em um óleo veicular, como azeite de oliva ou óleo de amêndoa,
por várias semanas. O óleo infundido resultante pode ser usado topicamente para
problemas de pele, massagens ou como base para pomadas e bálsamos caseiros.
Chá: As
suas folhas podem ser secas e usadas para fazer um chá. Para preparar, coloque
algumas folhas secas em água quente por cerca de 5 a 10 minutos. Este chá pode
ser apreciado pelas suas propriedades relaxantes e calmantes, bem como pelos
seus potenciais benefícios digestivos.
Tintura: Para
fazer uma tintura de Pelargonium graveolens, pique as folhas e flores
frescas e coloque-as em uma jarra. Cubra o material vegetal com um álcool de
alto teor, como vodka ou conhaque, e deixe descansar por algumas semanas,
agitando o frasco de vez em quando. Após o período de extração desejado, coar o
líquido e armazenar em frasco de vidro escuro. Esta tintura pode ser usada em
pequenas doses pelos seus efeitos terapêuticos. Lembre-se, ao fazer qualquer
preparação medicinal, é importante utilizar material vegetal de alta qualidade
e seguir práticas de higiene adequadas.
O Pelargonium
graveolens, contém vários compostos químicos que contribuem para o seu
aroma e potenciais propriedades medicinais. Aqui estão alguns dos principais
constituintes químicos encontrados no seu óleo essencial:
Citronelol: O
citronelol é um dos principais compostos do óleo essencial de Pelargonium
graveolens, responsável pela sua fragrância característica de rosa. Também
exibe propriedades antimicrobianas e repelentes de insetos.
Geraniol: O
geraniol é outro componente importante do óleo essencial de Pelargonium
graveolens, contribuindo para o seu aroma floral. Possui propriedades
antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas.
Linalol:
Linalol é um álcool terpeno comum encontrado em muitos óleos essenciais,
incluindo Pelargonium graveolens. Possui aroma calmante e é conhecido
por seus potenciais efeitos sedativos e ansiolíticos.
Formato
de citronelil: Este composto contribui para o aroma frutado
e floral do óleo essencial de Pelargonium graveolens. Também é utilizado
como agente aromatizante na indústria alimentícia.
Isomentona: A
isomentona é uma cetona monoterpênica que contribui para o aroma mentolado e
refrescante do seu óleo essencial.
Formato
de geranil: O formato de geranil é um éster que adiciona
uma nota frutada e doce à fragrância do óleo essencial de Pelargonium
graveolens.
Acetato
de geranila: O acetato de geranil é outro éster
encontrado no óleo essencial de Pelargonium graveolens, contribuindo para seu
aroma floral. Também está presente em vários outros óleos essenciais, como
lavanda e pau-rosa. A composição do óleo essencial pode variar dependendo de
fatores como origem da planta, condições de cultivo e método de extração. É
importante notar que a presença e as proporções destes compostos podem
influenciar o aroma e as potenciais propriedades terapêuticas do óleo
essencial.
Referências
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