SABUGUEIRO-DO-BRASIL: planta utilizada para tratamento de afecções respiratórias

Nome científico: Sambucus australis Chamisso et Schlechtendal.

Sinonímias: Sambucus pentagynia Larrañaga.

Nomes populares: Acapora, sabugueiro-do-brasil, sabugueiro-do-rio-grande.

Origem: Sul da América do Sul.

Descrição botânica: é uma árvore de 3 a 8 m de altura, folhas compostas, imparipenadas, margens dentadas, membranáceas, glabras, opostas-cruzadas, pecioladas, estípulas e estipelas presentes. Inflorescência em cimas corimbosas terminais. Flores brancas, corola com 4-5 pétalas, estames no mesmo número de pétalas. Fruto drupa globosa, negra e brilhante.

Parte da planta para uso: Flores secas, entre-casca e folhas.

Constituintes químicos: óleo essencial, constituído de ácidos graxos, alcanos e triterpenos,contêm também flavonóides sendo a rutina o principal além de quercitrina, iso quercitrina, hiperosídio e astragalina. São encontrados também os ácidos p-cumárico, clorogênico, cafêico e ferúlico, taninos, açúcares, mucilagem e pectina. As folhas contêm flavonóides, esteróis, alcanos, ácidos graxos, taninos, triterpenos, açúcares, resinas e vitamina C, sambucina e sambunigrina (glicosídeo cianogênico).

Formas de uso: as flores ou folhas são empregadas na forma de infuso e decocto, interna e externamente em enfermidades virais , como sarampo e rubéola, gripes e resfriados. Sob a forma de cataplasma ou compressa, as flores são usadas em inflamações em geral e, também, em dermatoses e furúnculos, pelas suas propriedades adstringente, cicatrizante e emoliente.

Indicações: C, sudorífico, antirreumático, emético, purgativo e laxante.

Referências bibliográficas

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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