CARDO-MARIANO-ROXO: é uma planta medicinal com propriedades adstringentes, estimulantes, diuréticas, hipertensivas e tônicas.

A Galactites tomentosus (Cardo-mariano-roxo) é uma planta herbácea anual, muito espinhosa, parcialmente recoberta por tomento esbranquiçado e com até 1 m de altura. Possui caules eretos com asas espinhosas e geralmente ramificados distalmente. As folhas, que podem ser grandes, são alternadas, de pinadas a pinatiformes mais ou menos profundas, todas espinhosas, as basais, pecíolos e rosetas curtas e as restantes decorrentes, com nervuras proeminentes na superfície inferior, muitas vezes amplamente variegadas de branco nas referidas costela, e com presença de penugem branca. As cabeças das flores, terminais, muitas vezes pendentes ou subpendulares, são solitárias ou em inflorescências corimbiformes, possivelmente sustentadas por pedúnculo. Os frutos são cipselos comprimidos, com 3-5 mm de comprimento, marrom-amarelados, com coroa hemisférica e papinho de 13 mm de cerdas penugentas e esbranquiçadas. A placa apical, de borda proeminente e lisa, possui um nectário central proeminente, mais ou menos pentagonal, e o papinho é simples, branco, muito caído, com 1-3 fileiras de pêlos penugentos desiguais, soldados à base em forma de anel. O período de floração vai de abril a julho e as sementes amadurecem de agosto a setembro.

A Galactites tomentosus é uma planta conhecida por vários nomes locais e vernáculos; entre estes relatamos: Aprocchiu fimminedda, Cardunazzu, Cacucciulidda sarvaggia, Spina janca (Sicília), Bardu angioninu, Cardu biancu, Cardu santu, Cardu de Signorus (Sardenha), Batticristi (Liguria), Scarlina (Itália), cardo mariano roxo, Galactites cotonneux (França), Milchdistel (Alemanha). Esta espécie foi descrita pelo botânico alemão Conrad Moench em 1794. Na verdade, já em 1785 a planta havia sido identificada por outro autor, o botânico e médico de Turim Carlo Allioni, e denominada Centaurea elegans. No entanto, como a espécie foi conhecida durante muito tempo como Galactites tomentosus, a conservação deste nome em detrimento de Galactites elegans foi proposta e aceite pela comunidade científica. Já foi considerada planta comestível por autores antigos, como Diodoro e Dioscórides. Em particular, utiliza-se a inflorescência jovem e o escapo floral relacionado, que pode ser consumido cru como salada, após limpeza. As folhas e o caule são utilizados não só como saladas, mas também na produção de conservas em azeite ou vinagre. Além disso, a medicina popular atribui à espécie propriedades adstringentes, estimulantes, diuréticas, hipertensivas e tônicas. Em algumas zonas do sul de Itália e em particular na Calábria, na Sardenha e na Sicília, produz-se um excelente mel a partir desta espécie.

Modo de Preparo  como alimento

Galactites tomentosus é uma planta que pode ser utilizada como alimento.
Pode utilizar folhas novas (colhidas em zonas sem poluição) às quais adicionar azeite, alho (opcional), sal e pimenta a gosto e sumo de limão (opcional). As folhas também podem ser cozidas numa frigideira, aquecendo um pouco de azeite em fogo médio, acrescentando temperos diversos etc., ou cozidas como um vegetal.

Como fazer o chá

O chá do cardo-mariano deve ser preparado com os frutos dessa planta medicinal.

Ingredientes

·         1 colher (de chá) dos frutos do cardo mariano;

·         1 xícara de água fervente.

Modo de preparo

Adicionar os frutos do cardo mariano na xícara com água fervente. Deixar descansar por 15 minutos, coar e beber 3 a 4 xícaras por dia, 30 minutos antes das refeições. 

Além disso, o cardo-mariano também pode ser encontrado sob a forma de cápsulas ou comprimidos, sendo mais frequente que esteja associado a outras plantas como a alcachofra ou o boldo, que também têm um excelente efeito de regeneração do fígado.

Fonte:

– Acta Plantarum – Flora das Regiões Italianas.

– GBIF

– Banco de dados úteis de plantas tropicais.

– Conti F., Abbate G., Alessandrini A., Blasi C. (ed.), 2005. Uma lista de verificação anotada da flora vascular italiana, Palombi Editore.

– Pignatti S., 1982. Flora d'Italia, Edagricole, Bolonha.

– Treben M., 2000. Saúde da Farmácia do Senhor, Conselhos e experiências com ervas medicinais, Ennsthaler Editore.

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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