Veja como você pode aliviar os sintomas do climatério com a Cimicifuga

Cimicifuga racemosa (L.) Nutt

Climatério e menopausa são dois conceitos diferentes, mas a menopausa é um dos eventos que acontece durante o climatério: 

·Climatério

É o período de transição da mulher entre a fase reprodutiva e a pós-menopausa. O climatério é marcado por variações hormonais e pode causar uma série de sintomas. Este período é dividido em três fases: perimenopausa, menopausa e pós-menopausa. 

·Menopausa

É o momento em que a mulher tem a sua última menstruação. A menopausa ocorre, em média, entre os 45 e 55 anos, mas quando acontece por volta dos 40 anos é considerada precoce ou prematura. 

Alguns sintomas que podem ocorrer durante o climatério são:

·Ondas de calor

·Irregularidades menstruais

·Dificuldade para esvaziar a bexiga

·Infecções urinárias e ginecológicas

·Irritabilidade

· Distúrbios de ansiedade

· Melancolia e perda de memória

·Insônia 

O diagnóstico do climatério é clínico e pode ser feito com base na história e nas queixas da paciente. O diagnóstico da menopausa é feito um ano após a última menstruação.

A Cimicifuga racemosa (L.) Nutt é uma espécie vegetal muito utilizada pela população feminina, devido às propriedades medicinais que auxiliam no alívio dos sintomas do mclimatério. No Brasil, essa planta é registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como Medicamento Fitoterápico. conhecida popularmente por cimicifuga, cohosh negro eerva-de-são cristóvão, pertence à família Ranunculaceae . O gênero Cimicifuga apresenta mais de 18 espécies, amplamente distribuído pelo nordeste da Ásia, América do Norte e Europa, sendo esta espécie, oriunda das regiões de clima temperado da América do Norte. O termo "cimicifuga" provém do latim “cimicis”, que significa insetos, ao passo que “fugio”, faz alusão à fuga, em virtude da crença popular que os insetos eram repelidos pelo aroma dessa planta. O termo “racemosa” faz menção a suas flores em forma de cacho. Essa espécie medicinal foi muito utilizada pelos nativos norte-americanos para tratar picadas de cobra. No entanto, ficou mundialmente conhecida como “erva da mulher”, uma vez que as mulheres americanas a utilizavam para aliviar as dores do parto e da menstruação. A cimicifuga é indicada para auxiliar no alívio dos sintomas advindos da menopausa como as ondas de calor, sudorese excessiva, ansiedade, palpitações, distúrbios do sono, náuseas e cefaleia. Além disso, essa espécie vegetal possui atividade anti-inflamatória, hipotensora arterial, antiestrogênica, antirreumática, emenagoga (capaz de reestabelecer o fluxo menstrual) e diurética. A Cimicifuga racemosa (L.) Nutt apresenta diversas classes de fitoconstituintes, como os ácidos orgânicos (ácido butírico, ácido fórmico, ácido isoferúlico e ácido salicílico), resina (cimicifugina). alcaloides (n-metil serotonina), derivados serotoninérgicos (N-omega-metilserotonina), taninos, flavonoides e óleo essencial. Além desses, são encontrados glicosídeos triterpênicos (acteína, 23- epi-26-desoxiacteína, cimicifugosídeo e cimigenol). A ação terapêutica da cimicifuga no auxílio dos sintomas do climatério está associada ao sinergismo de todos os seus constituintes, em especial os glicosídeos triterpênicos.

A cimicifuga é contraindicada para grávidas, lactantes e crianças com idade inferior a 12 anos. Esta planta não deve ser utilizada por indivíduos que possuam hipersensibilidade aos constituintes químicos da espécie e à salicilatos, pois a cimicifuga apresenta pequenas concentrações de ácido salicílico. Indivíduos com histórico de distúrbios hepáticos devem utilizar essa espécie vegetal com precaução e sob orientação médica. Cimicifuga racemosa (L.) Nutt pode causar desconforto gastrointestinal, erupção cutânea, cefaleia e tontura. Essa espécie vegetal pode causar hepatotoxicidade propiciando o surgimento de sinais e sintomas como cansaço, perda de apetite, além de pele e olhos com coloração amarelada. Nesses casos, seu uso deve ser interrompido. Em altas doses, essa planta pode desencadear reações como náuseas, vômitos, vertigem, bradisfigmia (pulsação abaixo do normal), transtornos nervosos e visuais. A cimicifuga é contraindicada para indivíduos que se encontram sob tratamento de tumores hormônio-dependentes, a exemplo do câncer de mama. Em casos de sangramento vaginal ou outros sintomas, seu uso deve ser suspenso e deve-se procurar um serviço de saúde. O uso da cimicifuga não deve ser realizado de forma contínua por um período superior a seis meses. INTERAÇÕES A cimicifuga não deve ser utilizada concomitantemente a medicamentos quimioterápicos, betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, antineoplásicos e contraceptivos.

Fonte: ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y nutracéuticos. 1º Reimpresión corregida; Argentina, Rosario. Corpus

Editorial y Distribuidora, 2007.

ALVES, J. L. Cimicifuga racemosa: um medicamento homeopático no climatério. 55f. Monografia (Especialização em Homeopatia) – Instituto de Cultura Homeopática. São Paulo, 2000.

BARNES, J.; ANDERSON, L. A.; PHILLIPSON, J. D. Herbal Medicines. 3ª edição - Pharmaceutical Press, 2007.

BOGOTÁ, D. C. Vademécum Colombiano de Plantas Medicinales. Ministério de la Protección Social – Reimpresión: Imprenta Nacional de Colombia, 2008.

BORRELLI, F.; ERNST, E. Black cohosh (Cimicifuga racemosa): a systematic review of adverse events. American journal of obstetrics and gynecology, v. 199, n. 5, p. 455-466, 2008.

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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Primeiro Suplemento do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 1 edição, Brasília, 2018.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos- CMED Secretaria Executiva. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 02 DE 13 DE MAIO DE 2014- Publica a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a “Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado. Diário Oficial da União, Brasília, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde.

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