Saiba os benefícios da Graviola

Entre as espécies de anonáceas mais conhecidas e exploradas comercialmente no Brasil, a graviola (Annona muricata L.) é a mais difundida nas regiões tropicais, sendo por esta razão cultivada principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Sua exploração, antes restrita a pequenas áreas de sítios e chácaras, vem ganhando nos últimos anos características empresariais com a incorporação de modernas técnicas de cultivo e o conhecimento de toda sua cadeia produtiva.A graviola é uma fruta fonte de fibras que diminuem a velocidade de absorção do açúcar dos alimentos, promovendo o controle dos níveis de glicose no sangue e prevenindo, assim, a resistência à insulina e a diabetes. A graviola possui casca verde e espinhos, e a polpa branca, de sabor doce e levemente ácido, podendo ser consumida ao natural ou usada no preparo de sucos, mousses, vitaminas e sobremesas. Além disso, as folhas da graviola também podem ser usadas no preparo de chás. Conhecida também como jaca-do-pará ou jaca-de-pobre, a graviola tem ótimas quantidades de vitamina C e flavonoides, compostos com ação antioxidante e anti-inflamatória que combatem o excesso de radicais livres e reduzem as inflamações, ajudando a aliviar problemas gástricos e prevenir o surgimento de doenças, como pressão alta e catarata.

Dados da Graviola:

Nome Científico: Annona muricata L.

Nome popular: graviola.

Características gerais: árvore, sem exsudato.

Folhas: simples, alternas, dísticas, sem estípulas, membranáceas a cartáceas.

Flores: diclamídeas, dialipétalas, polistêmones, ovário súpero, pétalas ferrugíneas, actinomorfas.

 Fruto: carnoso, sincárpico, agregado de drupas, muricado, Polispérmico.

Uso medicinal: antiparasitários, antiespasmódicos, antidiarreicos, antiulcerosos, sedativos, analgésicos, hipotensos e vermífugos.

Uso na Comunidade Coqueiros: diabetes.

Forma de uso: consumo da fruta fresca ou suco.

Constituição química: acetogeninas, alcaloides, ciclopeptídeos e compostos.

Atividade biológica: antitumoral, antifúngica, antiviral, inibidora de enzimas, antibacteriana, antiparasitária, antiespasmódica, citotóxica, hipotensiva, vasodilatadora, imunossupressora, pesticida.

Principais benefícios

A graviola pode servir para diversas funções no corpo, sendo as principais:

1. Alivia doenças inflamatórias

A graviola possui propriedades anti-inflamatórias promovendo a redução de citocinas pró-inflamatórias, que são produzidas no organismo em caso de inflamação, sendo muito útil para melhorar os sintomas de algumas doenças inflamatórias, como artrite, artrose e reumatismo.

2. Evita a diabetes

A graviola contém ótimas quantidades de antioxidantes que protegem as células do pâncreas responsáveis pela produção da insulina, evitando, assim, a resistência à insulina e a diabetes.Além disso, a graviola também possui boas quantidades de fibras, que diminuem a velocidade de absorção de açúcar, ajudando a equilibrar os níveis de glicose no sangue, promovendo o controle da diabetes em pessoas que já têm a doença.

3. Mantém a saúde os olhos

Por conter luteína, que é um composto antioxidante importante para manter a saúde ocular, a graviola ajuda a reduzir o risco de desenvolver doenças, como catarata e degeneração macular, que está associada à idade e causa danos à visão, incluindo a perda da visão.

4. Protege o estômago

A graviola possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que reduzem os danos causados pelos radicais livres no estômago e favorecem a diminuição da acidez gástrica, sendo um alimento muito benéfico para proteger o estômago, melhorar a digestão e ajudar a controlar algumas doenças, como úlceras e gastrites.

5. Melhora a ansiedade e estresse

A folha graviola contém anonaina e asimilobina, compostos com propriedades relaxantes que agem no sistema nervoso central, interagindo com a serotonina, um neurotransmissor responsável pela regulação do humor, melhorando, assim, a ansiedade e o estresse.

6. Ajuda a controlar a pressão arterial

A graviola contém potássio, um mineral essencial para ajudar a eliminar o excesso de sódio do organismo pela urina, promovendo o controle da pressão arterial. Além disso, essa fruta também possui antioxidantes que promovem a saúde das artérias e relaxam os vasos sanguíneos, facilitando a circulação de sangue e ajudando, assim, no controle da pressão alta.

7. Fortalece o sistema imunológico

Por ser rica em compostos anti-inflamatórios e antioxidantes, como vitamina C, e quercetina, a graviola ajuda a combater o excesso de os radicais livres e fortalecer as células do sistema imunológico, evitando o surgimento de situações como alergias, gripes e resfriados, por exemplo.

8. Combate a prisão de ventre

A graviola ajuda a combater a prisão de ventre, porque é rica em água e fibras, que promovem os movimentos naturais do intestino e a formação do bolo fecal, facilitando a eliminação das fezes.

9. Mantém a hidratação do corpo

A polpa da graviola contém em torno de 82 g de água, sendo um importante alimento para melhorar a hidratação do corpo, podendo ser consumida durante os climas mais quentes ou durante as práticas de atividade física, ajudando a prevenir a desidratação.

10. Pode ajudar na prevenção do câncer

Estudos recentes, mostraram que a graviola é rica em acetogeninas, um grupo de compostos metabólicos que possuem efeito citotóxico, podendo, assim, combater as células cancerígenas. Além disso, observou-se em alguns estudos que o consumo da graviola a longo prazo pode prevenir e tratar alguns tipos de câncer, como de mama, de cólon, de pulmão e de prósta

Como consumir

A graviola pode ser consumida ao natural ou usada em preparações, como sucos, mousses e sorvetes. Além disso, as folhas da graviola também podem ser usadas para o preparo de chás.

·Chá de graviola: colocar 10 g de folhas secas de graviola em 1 litro de água fervente. Tampar a bebida e deixar descansar por 5 a 10 minutos. Coar e beber até 3 xícaras por dia após as refeições;

·Suco de graviola: colocar em um liquidificador 1 xícara de graviola picada e sem sementes, 500 ml de água e 1 col de sobremesa de açúcar mascavo, ou adoçante. Bater, até ficar uma mistura homogênea, e servir em seguida.

Outra forma de consumir a graviola é através de suplementos em cápsulas, onde a dosagem geralmente indicada é de 2 cápsulas por dia, 30 minutos antes das refeições. No entanto, a graviola pode causar alguns efeitos colaterais e, por isso, esses suplementos só devem ser consumidos sob a orientação de um médico, nutricionista ou fitoterapeuta. Para saber melhor como consumir a graviola, marque uma consulta com o nutricionista mais perto de você:

Possíveis efeitos colaterais

A graviola e suas folhas, quando consumidas em excesso e a longo prazo, podem provocar danos nos nervos e alterações nos movimentos. Além disso, a graviola pode, em alguns casos, causar neuropatia grave que pode ter sintomas semelhantes à doença de Parkinson, como tremores e rigidez muscular.

Quem não deve consumir

Existem poucas informações sobre a segurança do consumo da graviola durante a gravidez e a amamentação, de forma que deve ser consumida apenas sob orientação médica. A fruta e as folhas consumidas na forma de chá de graviola também não devem ser consumidas por pessoas com doença de Parkinson e com pressão arterial baixa, já que podem piorar os sintomas. Além disso, pessoas com problemas no fígado ou rins, ou que fazem uso de medicamentos para depressão, para pressão alta e diabetes, devem informar ao médico antes de consumir a graviola ou o chá, já que pode haver interação com os medicamentos.

Fonte:

BARBALHO, S. M. et al. Annona sp: plants with multiple applications as alternative medicine – a review. Current Bioactive Compounds, p. 277- 286, 2012.

NUGRAHA, A. S. et al. Alkaloids from the root of Indonesian Annona muricata L. Natural Product Research, p. 1-9, 2019.

PONTES, A. F.; BARBOSA, M. R. V.; MAAS, P. J. M. Flora paraibana: Annonaceae Juss. Acta Botanica Brasilica, v. 18, n. 2, p. 2004.

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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