Sinonímias: Diasperus niruri (L.)
Kuntze, Phyllanthus asperulatus Hutch., Phyllanthus filiformis Pav. ex Baill,
Phyllnthus lathyroides Kunth, Phyllanthus niruri var. genuinus Mull. Arg.
Família: Phyllanthaceae
(ex Euphorbiaceae)
Nomes
populares: arranca-pedras, arrebenta-pedra, conami, erva-pomba,
erva-pombinha, fura-parede, quebra-pedra, quebra-pedra-branco, quebra-panela,
saudade-da-mulher, saúde-da-mulher, saxifraga.
Origem: América.
Descrição botânica: erva
ruderal, erecta, anual, ramificada horizontalmente, glabra, medindo até 40-80
cm de altura. Folhas simples, membranáceas, medindo até 1 cm de comprimento e
dispostas nos ramos parecendo uma folha composta. Flores diminutas, inseridas
nas axilas das folhas, mas viradas para baixo. Frutos do tipo cápsula tricoca
com aproximadamente 1 mm de diâmetro, muito procurados pelos pássaros. Ocorre
em quase toda a região tropical, inclusive até o sul da América do Norte.
Cresce especialmente durante o período da estação chuvosa em todo tipo de solo,
sendo comum sua ocorrência nas fendas de calçadas, terrenos baldios, quintais e
jardins, em todos os estados brasileiros. O nome popular “quebra-pedra” desiga,
além desta espécie, várias outras do mesmo gênero Phyllanthus, todas muito
parecidas entre si, tendo como mais comuns: P. amarus Schumach. No
Nordeste, P. tenellus Roxb. do Sul e Sudeste, urinaria
L. na região norte, P. sellowianus Müll. Arg., P.
orbiculatus Rich. e algumas outras
Parte da planta para uso: Toda
a planta, folhas, frutos, sementes e raízes.
Constituintes químicos: nor‐securinina, securinina, filocrisina e filantina,quercetina,
quercetol, quercitrina , rutina, catequina, gallocatequina, niruriflavona,
cianidina, antocianidina, astragalina, nirtetralina, hipofilantina,
lintetralina,salicilato de metila, ácido protocatecuico, ácido salicílico,
ácido gálico, corilagina, ácido elágico, elagitanina,limoneno, p-Cimeno e
lupeol, ácido 1-cafeoil-5-feruloilquinico ,ácido 4-sinapoilquinico , ácido
5-p-coumaroil-quinico, Furanocumarinas: Isopimpinelina (Toxico) diosgenin,
nirurisideo e β-glucogalina.
Formas de uso: É utilizado o chá por infusão, que deve ser preparado com duas colheres (café) da planta picada e meio litro de água fervente. Deve ser tomado frio e na quantidade de três xícaras (chá) por dia. Nos casos de hepatite o tratamento deve ser mantido por trinta dias, enquanto nos demais casos devem ser intercaladas três semanas de tratamento com uma semana de repouso. O chá também pode ser preparado por decocção, com 30 a 40 g da planta fresca ou 10 a 20 g da planta seca e um litro de água, fervidos por dez minutos. Nesse caso, deve ser filtrado e ingerido na quantidade de uma xícara, três vezes ao dia.
Indicações:
Indicada
na forma oral como diurética, digestiva, antibacteriana e hepatoprotetora, abaixa
os níveis de açúcar no sangue, auxilia na eliminação de cálculos renais e
estimula a eliminação de ácido úrico pela urina, além deser utilizada contra
cólicas.
Observações: A espécie Phyllanthus niruri deve
ser evitada na gestação e lactação, por precaução, as outras espécies de
Phyllanthus também devem ser evitadas.
Referências bibliográficas
HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 05/03/2022
LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
LORENZI, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa.
MATOS, F.J.A. 2002. Farmácias Viras - sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequena comunidades, 4a. edição, EUFC/SEBRAE, Fortaleza, 267 pp.
SOUZA, M.P., M.E.O. MATOS, F.J.A. MATOS et al. 1991. Constituintes químicos de plantas medicinais brasileiras Impr. Universitária/UFC, Fortaleza, 416 pp.