CHICÓRIA: planta usada como medicação amarga, diurética e laxativa

 

Nome científico: Cichorium intybus   L.

Sinonímias: Cichorium byzantinum Clementi ,Cichorium   rigidum Salisb.,  Cichorium  perenne Stokes,Cichorium glaucum  Hoffmanns. & Link

Família: Compositae (Asteraceae)

Nomes populares: chicória, chicórea, almeirão, escarola, chicória-amarga, chicória-selvagem.

Origem: Nativo da Europa e cultivado no Sul e Sudeste do Brasil. 

Descrição botânica: subarbusto anual ou bianual, ereto, lactescente, ramificado, de caule rígido e anguloso, de 30-110 cm de altura, nativo da Europa e cultivado no sul e sudeste do Brasil. Folhas simples, inicialmente rosuladas basais, com margens irregularmente partidas, membranáceas, curto-pecioladas ou quase amplexicaules, de 5-18 cm de comprimento. Inflorescências em capítulos axilares, de cor azul-céu, com flores laterais de longas pétalas, que se abrem pela manhã e fecham-se à tarde

Parte da planta para uso: Folhas e raízes.

Constituintes químicos: Inulina, chicorina; intibina; proteínas (aminoácidos: treonina, arginina, triptofano, lisina, valina); ácidos: ascórbico, chicorésico, clorogênico, isoclorogênico, linoléico, alfa-linoléico, esteárico, mirístico, palmítico; fibras; minerais (potássio, ferro, fósforo, cálcio e magnésio); mucilagem; taninos.

Formas de uso: planta amplamente cultivada em todo o mundo como hortaliça para consumo na forma de saladas e refogados, havendo vários cultivares em uso atualmente. Embora a eficácia e a segurança do uso desta planta não tenham sido, ainda, comprovadas cientificamente, sua utilização vem sendo feita com base na tradição popular. Assim, suas folhas e raízes têm sido empregadas na medicina tradicional há cerca de 4 mil anos antes de Cristo e, até hoje é considerada um remédio confíável e absolutamente inofensivo.

Indicações:  usado como medicação amarga, diurética e laxativa e, segundo os levantamentos etnofarmacológicos, seu uso reduz inflamações e proporciona um efeito tônico no fígado e vesícula, sendo por isso empregada para tratar os males do fígado, reumatismo, gota e hemorroidas.

Observações: A ingestão da flor com o pólen pode causar reações alérgicas. Em contato com a pele o látex pode produzir dermatites. Devido à presença de oxalatos é contraindicada para pessoas que tenham tendência a produzir pedras nos rins, indivíduos artríticos e os gotosos. A chicória é um diurético potente e pessoas com pressão baixa devem evitar os preparados a base desta planta. Tampouco devem usá-los em casos de úlceras gastroduodenais. 

Referências bibliográficas

ALZUGARAY, D. & C. ALZUGARAY. 1996. Plantas que curam. Editora Três, São Paulo. 2 Volumes.

HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa - SP. 640 pp.

VIEIRA, L.S. & J.M. ALBUQUERQUE. 1998. Fitoterapia Tropical — Manual de Plantas Medicinais. FCAP - Serviço e Documentação e Informação. Belém.


Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem