Equisetum hyemale L. - CAVALINHA

 

Nome científico: Equisetum hyemale L.

Sinonímias: Equisetum hyemale var. Californicum  Milde,  Equisetum hyemale var. Robustum (A. Braun ex Engelm.) A. A. Eaton, Equisetum praealtum Raf., Equisetum robustum var. Affine Engelm., Hippochaete hyemalis (L.) Bruhin.

Família:  Equisetaceae.

Nomes populares: cavalinha-holandesa, cola-de-cavalo, erva-canudo, lixa-vegetal, milho-de-cobra, rabo-de-cavalo, rabo-de-rato.

Origem: Espécie nativa da América tropical.

Descrição botânica: subarbusto ereto, perene, rizomatoso, com haste de cor verde, oca e monopodial, com numerosos ramos que partem dos nós dos verticilos, de textura áspera ao tato pela presença de silício em sua epiderme, de 80-160 cm de altura. As folhas são verticiladas e reduzidas a pecíolos soldados que formam uma bainha membranácea. A haste fértil tem no ápice uma espiga oblonga e escura que contém grande quantidade de esporos.

Parte da planta para uso: hastes e brotos verdes, sem os esporângios.

Constituintes químicos: Alcaloides piridínicos, nicotina e palustrina, flavonoides glicosilados da apigenina, quercetina e do campferol, derivados dos ácidos clorogênico, caféico e tartárico. ácido silícico, ácido gálico, resinas, sais de potássio, tiaminases, isoquercitina, luteolina, campferol, saponinas e alcalóides.

Formas de uso: esta espécie é amplamente utilizada em toda América do Sul, inclusive Brasil, especialmente nas regiões sul e sudeste, sendo praticamente desconhecida do Nordeste. As hastes estéreis são usadas na forma de chá como adstringentes, diuréticas e estípticas, sendo empregadas também para o tratamento da gonorreia, diarreias e infecções dos rins e bexiga e, na forma de tintura em uso interno e externo, para estimular a consolidação de fraturas ósseas. As hastes férteis não são utilizadas. Para uso como diurético, e tratamento das afecções dos rins e da bexiga, contra hemorragias nasais, anemia, para calcificação de fraturas, bem como para eliminar o ácido úrico, a literatura recomenda o uso do chá preparado por fervura, de uma colher das de sopa de pedacinhos de suas hastes picadas em água suficiente para dar uma xícara das médias, para ser bebido na dose de uma xícara das médias duas vezes ao dia.

Indicações:  Na pele é utilizada para limpar, estimular a cicatrização, diminuir inflamações e aumentar a elasticidade, formando uma camada protetora. Também é indicada como diurética, contra infecções dos rins e da bexiga, para a anemia e a calcificação de fraturas (ossos).É indicada ainda para acne, afecções da próstata, afecção dos brônquios e pulmões, afta (externamente), anemia, conjuntivite, disenteria, edema, epistaxe, febre puerperal, ferida, fluxos sanguíneos hemorroidários, frieira, gripe, hematúria, hemoptises, hemorragia, hemorragia nasal, hipertensão de origem renal, inflamação, inflamações dos dutos lacrimais, metrorragia, obesidade, pterígio, queda de cabelos, úlcera varicosas e cancerosas, ventosidade.

Referências bibliográficas

HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais, 1939. 

HORTO DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. & MOREIRA, H. 2001. Plantas Ornamentais no Brasil – 3º edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa. 1120 pp.

PANIZZA, S. 1998. Plantas que curam (Cheiro de Mato) – 3ª edição. IBRASA, São Paulo. 280 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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