PLANTAS ALUCINÓGENAS - Aconitum ferox Wallich ex Seringe (ACÔNITO)

Nome científico: Aconitum ferox Wallich ex Seringe

Sinonímias: Aconitum ferox L., Aconitum napellus var. ferox, Aconitum virorum Don, Delphinium ferox Baill.

Família:  Ranunculaceae

Nomes populares

Português: acônito

Nepalês: ativisha

Persa: bachnâg

Hindi: nang-dzim, Nilo bikh, phyi-dzim, singya, sman-chen

Tibetano: valsanabhi

Malaio: vasanavi

Tâmil: vatsamabhah

Sânscrito : vatsanabha, vatsanabhi

Origem: Nepal, Caxemira (norte da Índia), Garhwal, Sikkim e Butão em altitudes de 2.000 a 3.000 metros

Descrição botânica:  Esta planta perene produz raízes tuberosas e pode crescer até 1 metro de altura. As folhas inferiores, de caule longo, são pinadas e profundamente retusas. Na direção no topo da planta, as folhas tornam-se menores e seus caules mais curtos. As flores azul-violeta em forma de elmo estão localizadas em cachos no final do caule liso e ereto. Os talos das flores crescem diretamente das axilas das folhas. O fruto é uma cápsula em forma de funil de cinco cúspides que se abre no topo. No Himalaia, o acônito azul floresce durante a estação das monções (de julho a setembro, ou até outubro em altitudes mais elevadas). Os tubérculos da raiz, que têm um córtex marrom escuro e amarelado por dentro, que se regenera anualmente. 

Parte da planta para uso: Raiz

Constituintes químicos: A planta inteira contém os alcalóides diterpenóides aconitina e pseudoaconitina17. O tubérculo da raiz contém a maiores concentrações desses constituintes e é, portanto, a parte mais perigosa da planta.

Principal substância química: aconitina

Uso Medicinal: Na medicina ayurvédica, os tubérculos “purificados” são usados para tratar a neuralgia, inflamações dolorosas, tosse, asma, bronquite, problemas digestivos, cólicas, corações fracos, lepra, afecções de pele, paralisia, gota, diabetes, febre e exaustão.

Efeitos: Na medicina ayurvédica, a raiz é atribuída efeitos narcóticos, sedativos, antiinflamatórios, diuréticos, nervinos, estimulante do apetite, promotor da digestão, efeitos estimulantes, anafrodisíacos, calmantes e antipiréticos

Referências bibliográficas

Bisset, N. G., and G. Mazars. 1984. Arrow poisons in South Asia, part I: Arrow poisons in ancient India. Journal of Ethnopharmacology 12:1–24.

Mehra, P. N., and H. S. Puri. 1970. Pharmacognostic investigations on aconites of “ferox” group. Research Bulletin of the Punjab University 21:473–93.

Laufer, Heinrich. 1991. Tibetische Medizin. Ulm: Fabri Verlag. (Orig. pub. 1900.)

Rau, Wilhelm. 1994. Altindisches Pfeilgift. Stuttgart: Franz Steiner Verlag.

Svoboda, Robert E. 1993. Aghora: At the left hand of God. New Delhi: Rupa.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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