Nome científico: Cordia
verbenacea DC.
Sinonímias: Cordia
salicina DC., Cordia curassavica auctt. bras. ex Fresen., Cordia
cylindristachya auctt. bras. ex Fresen., Lithocardium fresenii Kuntze,
Lithocardium salicinum Kuntze, Lithocardium verbenaceum Kuntze
Família: Boraginaceae.
Nomes
populares: caatinga-de-barão,
caramona, mijo-de-grilo, milho-de-grilo, cordia,
erva-baleeira, erva-balieira, balieira-cambará, erva-preta, maria milagrosa,
maria-preta, salicinia, catinga-preta, maria-rezadeira, camarinha,
camaramoneira-do-brejo.
Origem: Regiões litorâneas do Sudeste e
Leste brasileiro.
Descrição
botânica: Arbusto
ereto, muito ramificado, aromático, com a extremidade dos ramos um pouco
pendente e hastes revestidas por casca fibrosa, medindo de 1,5 a 2,5m de
altura. Folhas simples, alternas, serrilhadas, coriáceas, verrugosas e
aromáticas, de 5-9 cm de comprimento. Inflorescências racemosas terminais com
pequenas flores brancas, de 10-15 cm de comprimento. Os frutos são cariopses
esféricas e vermelhas.
Parte da planta para uso: folhas.
Constituintes
químicos: óleo essencial e flavonoides.
Formas
de uso: É amplamente utilizada
na medicina caseira nas regiões litorâneas do Sudeste e Leste brasileiro, onde
é considerada antiinflamatória, cicatrizante, diurética, antiartrítica,
analgésica, tônica e antiulcerogênica. É usada para as seguintes afecções:
reumatismo, artrite reumatóide, gota, dores musculares e da coluna,
prostatites, nevralgias e contusões e também para feridas externas e úlceras. É
comum seu uso entre os pescadores da região litorânea. Usuários que ingerem o
chá abafado (infusão) relatam melhora de sintomas dispépticos e aumento da
diurese, além da melhora dos sintomas dolorosos para o qual foi indicada.
Indicações: artrite,
contusão, dor muscular e da coluna, ferimento, hidropisia, infecção,
inflamação, reumatismo.
Observações: Por
falta de maiores estudos é desaconselhado para gestantes. Os frutos são
apreciados pelos pássaros. Existe uma espécie assemelhada, chamada de
Trinca-Trinca (Cordia monosperma), usada popularmente como anti-inflamatória
para combater hemorroidas, na forma de banho de assento.
Referências bibliográficas
HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022
LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
LORENZI, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil -
terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum.
Nova Odessa.
SMITH, L.B. 1970. Boragináceas. In: Flora
Ilustrada Catarinense, Reitz, R. (ed.). Itajaí.