Nome científico: Taraxacum
officinale Weber
Sinonímias: Leontodon taraxacum L., Taraxacum retruflexum Lindb. f., Taraxacum aureum Fisch., Taraxacum wallichii DC., Taraxacum vulgare (Lam.) Shrank.
Família: Compositae (Asteraceae)
Nomes
populares: dente-de-leão, dente-de-Ieão-dos-jardins, taraxaco,
alface-de-cão, salada-de-toupeira, amargosa, amor-dos-homens, chicória-louca,
chicória-silvestre.
Origem: Originária da Europa e Ásia.
Descrição
botânica: herbácea anual ou perene, acaule, lactescente, com raiz
pivotante, de 15-25 cm de altura, nativa da Europa e Ásia. Folhas rosuladas
basais, simples, com margens irregular e profundamente partidas, de 10-20 cm de
comprimento. Flores amarelas, reunidas em capítulos grandes sobre haste floral
oca de até 25 cm de comprimento. Os frutos são aquênios escuro e finos,
contendo em uma das extremidades um chumaço de pelos que facilitam a sua
flutuação no vento.
Parte da planta para uso: rizoma, folhas,
inflorescência, sementes.
Constituintes
químicos:
ácido
caféico, ácido cítrico, ácido dioxinâmico, ácido p-oxifenilacético, ácido
tartárico, ácidos graxos, alcaloides, amerina, aminoácidos, apigenina,
carboidratos, carotenóides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados,
estigmasterol, ferro, fitosterol, flavonoides, fósforo, frutose, glicosídeo
(taraxacosídeo), inulina, lactucopicrina, látex, levulina, luteolina, magnésio,
matéria graxa, mucilagem, níquel, óleo essencial, pectina, potássio,
pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas, silicatos, sitosterol, soda,
sódio, stigmasterol, taninos, taraxacina, taraxacosídeos, taraxasterol,
taraxerol, vitaminas: A, B1, C, PP, D; xantofilas.
Formas
de uso: Esta planta é usada na medicina tradicional desde tempos
remotos na Europa. No Brasil é considerada diurética potente, sendo empregadas
suas folhas, raízes e capítulos florais, para dores reumáticas, diabetes,
inapetência, afecções da pele, hepáticas e biliares, prisão de ventre e
astenia. Para distúrbios da função digestiva (estomacal, hepática, biliar,
intestinal e prisão de ventre) e como diurético, é recomendado seu extrato
alcoólico.
Indicações: Ácido
úrico; acidose, acnes, afecções biliares, afecções hepáticas, afecções ósseas,
afecções renais, afecções vesicais, anemias; arteriosclerose, astenia, baixa
produção de leite por lactantes, cálculos biliares; câncer, cárie dentária,
celulite, cirrose, cistite, colicistite (inflamação da vesícula biliar);
colesterol, constipações, depurativo para todo o organismo, dermatoses,
desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diurético, doenças de
pele, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemoptoicos, espasmos das vias
biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de
apetite, fígado, fraqueza; gota, hepatite; hidropisia; hiperacidez do
organismo, hipoacidez gástrica, icterícia.
Observações:
Evitar o uso da planta por gestantes ou lactantes, pois os efeitos não são conhecidos. Pessoas com cálculos biliares,
inflamações na vesícula ou obstrução do trato gastrointestinal também não devem
utilizá-la.
Referências bibliográficas
CORRÊA,
A.D., R. SIQUEIRA-BATISTA & L.E.M. QUINTAS.
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