TANCHAGEM: o chá das suas folhas é utilizado como diurético, anti-inflamatório, antidiarreico, antibiótico e expectorante

 

Nome científico: Plantago major L.

Sinonímias: Plantago borysthenica (Rogow.) Wissjul., Plantago dregeana Decne., Plantago latifolia Salisb., Plantago officinarum Crantz

Família: Plantaginaceae  

Nomes populares: plantagem, sete-nervos, tançagem, tanchagem, tanchagem-maior, tanchagem-média, tanchás. tansagem, tranchagem, transagem.

Origem: Nativa da Europa e naturalizada em todo o sul do Brasil.

Descrição botânica: pequena erva bianual ou perene, ereta, acaule, de 20-30 cm de altura, nativa da Europa e naturalizada em todo o sul do Brasil. Folhas dispostas em roseta basal, com pecíolo longo e lâmina membranácea com nervuras bem destacadas, de 15-25 cm de comprimento. Flores muito pequenas, dispostas em inflorescências espigadas eretas sobre haste floral de 20-30 cm de comprimento. Estas transformam-se em frutos (sementes) que são facilmente colhidas raspando-se entre os dedos toda a inflorescência. Multiplica-se apenas por sementes. As espécies Plantago lanceolata Hook. e Plantago anstralis Lam., são também utilizadas na medicina popular no Brasil.   

Parte da planta para uso: folhas e sementes.

Constituintes químicos: mucilagens de ácidos urónicos, pectinas, glucosídeos iridóides (asperulósido, aucubósido), taninos, ácido cafeico e seus ésteres (clorogênico, neoclorogênico) e derivados do ácido cinâmico (acteósido), ácido silícico livre e combinado, cumarinas (esculetina), vários ésteres osídicos de ácido cafeico (verbascósido, plantamósido). Possui sais de potássio, enzimas (invertina e emulsina), saponinas, vitamina C, flavonoides (plantaginina) e ácidos orgânicos (cítrico e málico). Um estudo sobre as quantidades de proteínas, açúcares, vitaminas e minerais.  Luteolina, Apigenina, Baicaleína, Indicaina e plantagonina, ácido ursólico, ácido oleanólico, ácido de sitosterol, 18β-gliciretínico, aucubina, loliolide, asperuloside, majorósideo, plantamajosideo, verbacosideo, ácido clorogênico, ácido fumárico, ácido siríngico, ácido vanílico, ácido lignocérico, ácido palmítico, ácido esteárico, xilose, arabinose, ácido galacturônico.   

Formas de uso: O chá por infusão deve ser preparado com a adição de meio litro de água fervente sobre duas colheres (sopa) de folhas picadas, esperando-se de dez a quinze minutos para a ingestão. Deve-se tomar de duas a três xícaras do chá por dia. Para a limpeza das vias respiratórias, deve ser ingerida, de duas a três vezes ao dia, uma infusão preparada com uma xícara (chá) de água fervente e duas colheres (sopa) de folhas picadas. Para afecções da pele, aplica-se, na área afetada, o chá preparado com duas colheres (sopa) de folhas picadas, um copo de água (que deve ter ficado em fervura por quinze minutos) e uma colher (sopa) de mel (adicionada no final do processo). O chá das sementes pode ser preparado com a adição de água fervente a um copo contendo uma colher (sopa) de sementes que tenham ficado imersas em água durante a noite.

Indicações: O chá das folhas é utilizado como diurético, anti-inflamatório, antidiarreico, antibiótico e expectorante, além de abaixar a pressão arterial. Pode ser utilizado externamente como cicatrizante e desintoxicante das vias respiratórias de fumantes, assim como no tratamento de afecções da pele (como acnes, espinhas, feridas, queimaduras e picadas de insetos), hemorroidas, dores de garganta. O chá das sementes pode ser utilizado como laxante.

Observações: Não há relatos de reações adversas na literatura consultada; porém, caso surjam efeitos indesejáveis, o uso da planta deve ser suspenso. Apesar da existência de várias espécies de tansagem, a Plantago major é a que contém maior valor medicinal.

Referências bibliográficas

HORTO DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 05/03/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa.

PANIZZA, S. 1998. Plantas que curam (Cheiro de Mato)3ª edição. IBRASA, São Paulo. 280 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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