Aloe vera (L.) Burm. f - BABOSA

 

Nome científico:  Aloe vera  (L.) Burm. f.

Sinonímias: Aloe barbadensis Mill., Aloe     chinensis  (Haw.) Baker, Aloe perfoliata      var. vera L.,    etc.

Família:  Xanthorrhoeaceae (antigamente Liliaceae, recentemente Asphodelaceae) 

Nomes populares:   aloé, babosa,   babosa-grande,   babosa-medicinal,   erva-de-azebre, caraguatá, caraguatá-de-jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo

Origem: Existem ao redor de 360 espécies de aloes que habitam em zonas tropicais. Alguns autores acreditam que a Aloe vera é originária da Ilha de Socotra (noroeste da África), entre a Somália e Yemen, sendo subespontânea na zona do Mediterrâneo (norte da África e sul da Europa).

Descrição botânica:

planta herbácea, suculenta, de até 1 m de altura, de origem provavelmente africana. Tem folhas grossas, camosas e suculentas, dispostas em rosetas presas a um caule muito curto, que quando cortadas deixam escoar um suco viscoso, amarelado e muito amargo. Além de cultivada para fins medicinais e cosméticos, cresce de forma subespontânea em toda a região Nordeste. 

Parte da planta para uso: Gel (parte mucilaginosa), látex (suco, exsudato ou acíbar).

Constituintes químicosMucilagem(polissacarídeos) antraquinonas    (barbaloína e aloína), saponinas esteroidais, ácidos orgânicos, flavonóides, ácido salicílico, vitaminas e minerais.

Carboidratos: glucomananos, mananos e outros polissacarídeos (arabinose, galactose e xilose). Enzimas (oxidase, amilase, catalase, oxidase).

Formas de uso: esta é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloe, para retardar a putrefação e extrato de mirra, para encobrir o cheiro da morte, como ocorreu com Jesus Cristo ao ser retirado da cruz.

Uso externo: 

Cataplasma - Retire uma folha pela base. Cortar a outra extremidade e deixar em pé com a base para baixo por duas horas, para escoar o líquido amarelado e de odor forte. Lavar em água corrente, descascar sem deixar a parte verde no gel. Picar o gel e bater em liquidificador previamente higienizado por cerca de 40 segundos para manter a consistência do gel. Como a folha é formada por 95% de água, se bater muito a consistência ficará líquida. Deixar em repouso por 15 minutos para que a espuma que se forma diminua. Aplicá-lo diretamente sobre a lesão de 2 a 3 vezes ao dia. Cubra a lesão com gaze e mantenha ocluído até a próxima troca.

Compressa - uma folha grande é aberta ao meio e colocada sobre uma porção de algodão ou gaze para captar a mucilagem, em seguida aplica-se sobre a pele. Aplicar na área afetada 1 a 3 vezes ao dia. Manter a lesão ocluída com a compressa.

Indicações: Cicatrizante, anti-inflamatório, analgésico, emoliente e antisséptico. Para lesões de pele secundárias a queimaduras térmicas ou químicas (primeiro e segundo graus) e físicas (radioterapia), dermatites (periostomia e outras), eczemas, psoríase, queda de cabelo por seborreia, acne vulgar, celulite e erisipela. Observa-se alívio da dor em queimaduras.

Observação: O uso é contraindicado durante a gestação, lactação e para menores de 18 anos, devido à falta de dados adequados que comprovem a segurança nessas situações. Usar com cautela quando concomitante com antibióticos.

Referências bibliográficas

HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

SIMÕES, C. M. O. & L. A. MENTZ et al. Plantas da medicina popular do Rio Grande do Sul 4ª edição, Ed. da Universidade / UFRGS, Porto Alegre, 174 pp.

PEREIRA, A. M. S.; BERTONI, B. W.; SILVA, C. C. M.; FERRO, D.; CARMONA, F.; CESTARI, I. M.; BARBOSA, M. G. H. Formulário fitoterápico farmácia da natureza. 2. ed. Ribeirão Preto: Bertolucci. 2014. 407p.

WHO, World Health Organization. WHO monographs on selected medicinal plants. Geneva, Switzerland: World Health Organization, v. 1, 1999.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem