Matricaria recutita L. - CAMOMILA

 

Nome científico: Matricaria recutita L. 

Sinonímias: Matricaria chamomilla L., Chamomilla recutita (L.) Rauschert., Chamomilla vulgaris Gray, Chrysanthemumchamomilla (L.) Bernh., Chamomilla chamomilla (L.) Rydb. 

Família:  Asteraceae (Compositae) 

Nomes populares:  Camomila-alemã, maçanilha, matricária, camomila vulgar, camomila comum.

Origem: Europa.

Descrição botânica: é uma herbácea anual e aromática que atinge até um metro de altura. Suas folhas são pinatissectas ― ou seja, possuem recortes que alcançam a nervura mediana ― e suas flores se reúnem em inflorescências (capítulos) compactas, sendo as centrais amareladas e as marginais de corola ligulada branca.

Parte da planta para uso: Flores secas.

Constituintes químicos:   Seus capítulos florais possuem óleo essencial, cujos componentes principais são o chamazuleno, α-bisabolol, α-bisabolóxidos A, B e C, cis e trans–en–in-dicicloeter (spiro-éter). Também possuem diversas flavonas e flavonóis como rutina, apigenina, quercetina, e luteolina, além das lactonas   sesquiterpênicas matricina e matricarina e as cumarinas umbeliferona e  herniarina.

Formas de uso: A camomila é uma das plantas medicinais mais cultivadas e utilizadas no Brasil e no mundo, seu uso interno é feito na forma de chá, tanto por infusão quanto por decocção, enquanto seu uso externo, para promover a cicatrização da pele, o alívio de inflamações nas gengivas e o tratamento do herpes, é feito com preparações farmacêuticas.

Indicações:  Seu uso interno tem função digestiva e sedativa, além de facilitar a eliminação de gases, combater cólicas, estimular o apetite e provocar a menstruação. Seu uso externo é indicado para a cicatrização da pele, o alívio de inflamações nas gengivas e no tratamento do herpes.

Observação: Se estiver usando camomila, evitar trabalhos perigosos ou dirigir; pode potencializar ansiolíticos.  Não usar durante a gravidez. São citados casos de reações alérgicas (dermatites) devido às flores de camomila, principalmente em indivíduos já sensibilizados com outras plantas da família das compostas, mil-folhas (Achillea milefolium) e crisântemo (reações cruzadas). Estas pessoas devem evitar o uso de preparações à base de camomila.  

 

Referências bibliográficas

DUKE, J. CRC Handbook of Medicinal Herbs. Boca Raton: CRC Press, 1985.  

HAUSEN,B.M. Allergiepflanzen: Pflanzenallergene. Landsberg: Ecomed, 1984.  

HORTO DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Compendio de fitoterapia. Curitiba:

 Herbarium Laboratório Botânico, 1994.  


Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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