Peumus boldus Molina - BOLDO-DO- CHILE

 

Nome científico: Peumus boldus Molina.

Sinonímias: oldea boldus (Molina)Looser; Boldu boldus (Molina) Lyons.

Família:  Monimiaceae 

Nomes populares:  Boldo, Boldo-do-Chile.

Origem: Chile

Descrição botânica: Arbusto frondoso, aromático, dióico, caracterizado por apresentar altura máxima de 6 metros (na maioria dos casos alcança 2-3 metros). Folhas opostas curtamente pecioladas, de cor verde cinzenta, ligeiramente pubescentes em ambos os lados, com pequenas papilas pelo feixe, ásperas e quebradiças ao toque. Presença de uma fina cortiça marrom acinzentada, rugosa, ramos cilíndricos abundantes e pequenas flores unissexuadas de cor branco-amareladas ou branco-esverdeadas, dispostas em racimos terminais frouxos. A floração ocorre de julho a novembro. O fruto é uma drupa escura, reunida em número de 2 a 5.

Parte da planta para uso: Folhas

Constituintes químicos:  Os   componentes   químicos   encontrados   no boldo-do-chile   são   alcaloides (boldina), taninos, esteroides, ácidos graxos, terpenos, flavonoides (quercetina e canferol), derivados flavônicos (boldosídio, peumosídio), eugenol    e    ascaridol.

Formas de uso: No Chile e nos países e nos países importadores emprega-se a infusão de suas folhas como regulador digestivo, colagogo, colerético, calmante, anti-helmíntico, e na forma de cataplasma a ser aplicado nas dores reumáticas.

Indicações:  O boldo-do-chile é usado para o tratamento de distúrbios hepáticos, colelitíase, e também   possui   propriedades   diuréticas, anti-inflamatórias, dispepsias, náuseas e constipação intestinal

Observação: Outro gênero que apresenta plantas popularmente denominadas por boldo é o Plectranthus, pertence à família Lamiaceae, muitas com importância medicinal, ornamental e econômica.  A espécie Plectranthus ornatos Codd., endêmica da África e introduzida no Novo Mundo no século XVI, é geralmente conhecida como boldo e utilizada em algumas regiões do Brasil como uma planta etnomedicinal, para doenças digestivas, e suas folhas possuem ação antibiótica.

Referências bibliográficas

HORTO DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

MAURO, C.; SILVA, C. P.; MISSIMA, J.; OHNUKI, T.; RINALDI, R. B.; FROTA, M. Estudo anatômico comparado de órgãos vegetativos de boldo miúdo, Plectranthus ornatusCodd. e malvariço, Plectranthus amboinicus(Lour.) Spreng.  Lamiaceae. Brazilian  Journal  of Pharmacognosy, v. 16, n. 4, p. 608-613. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v18n4/v18n4a19>. Acesso em: 01 jan 2022.

PEIXOTO, A.  L.  Monimiaceae.  In:  Wanderley M.  G.  L.; Shepherd G.  J.  & Giulietti A.  M. (eds.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. 2ª Ed. Hucitec, São Paulo, p.189-207. 2002.


Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem