Nome científico: Arctium lappa L.
Sinonímias: Lappa lappa (L.) H. Karst., Arctium chaorum Klokov, Arctium lappa subsp. majus Arènes, Arctium majus (Gaertn.) Bernh., Lappa vulgaris Hill, Lappa major Gaertn.
Família: Asteraceae (Compositae)
Nomes
populares: Baldrana, erva-dos-tinhosos, pegamassa, carrapicho-de-carneiro e carrapicho-grande
Origem: Originária da Europa
e América do Norte, sendo que alguns escritos afirmam sua origem como
proveniente do Japão.
Descrição
botânica: Planta
herbácea, ereta, bienal, com até 1,5 m de altura, caule floral ramificado a
partir do segundo ano de plantio; folhas grandes com até 40 cm de comprimento,
alternadas, pecioladas, cordiformes, rugosas, largas, pilosas, onduladas,
verdes, sendo a parte inferior de coloração mais clara que a superior; flores
azuladas a arroxeadas, agrupadas em corimbos frouxos de volumosos capítulos
pedunculados, esféricos, espiculosos, rodeados de brácteas verdes, terminadas
em ponta; fruto do tipo aquênio, castanho-avermelhado-claro ou cinza castanho,
coberto por várias manchas pretas e papilhos, longo-elíptico ou obovado, com 5
a 6 mm de comprimento x 2,5 mm de largura; as sementes são negras; raiz
fusiforme, de 1 a 2 cm de diâmetro, fosca por fora e branca por dentro .
Parte
da planta para uso: folhas.
Constituintes
químicos:
Nas
raízes: inulina (30-50%); compostos poliacetilênicos, acetilênicos sulfurados;
ácidos fenólicos; ácidos voláteis e ácidos hidroxilados; mucilagens;
flavonóides; fitosteróis.
As folhas contêm lactonas sesquiterpênicas
(arctiopicrina) e outros.
As sementes contêm ácidos fixos (linoléico, oléico,
clorogênico).
Formas
de uso: -Decocção de 10 g a 40 g de raiz para 1 litro d’água
tomar 2 a 3 xícaras
por dia, adoçando
com mel, depois de esfriar: depurativo, afecções gástricas e hepáticas,
diurética, gota, reumatismo, artrite, sífilis, lepra, doenças infecciosas,
diabetes;
- infusão de uma colher das de sopa de folhas e flores secas picadas em um
litro d’água.
Tomar 3 a 4 xícaras
das de chá ao
dia;
- infusão de 2 a 6 g de raízes secas com casca: tomar três vezes ao dia;
- infusão de 30 g de raiz de bardana, com casca em três xícaras de água
fervente. Deixar por 30 minutos, coar e beber em duas vezes durante o dia:
diurético;
- infusão de uma colher das de sopa da mistura das seguintes ervas: 60 g de
raiz de bardana, 25 g de alcaçuz, 50 g de dente-de-leão, 40 g de gramínea e 20
g de raiz de chicória, previamente cortadas, em uma xícara de água fervente.
Beber pela manhã, em jejum, sem adoçar: depurativo;
- Infusão
de 4 a 6 g das sementes. Tomar 3 vezes ao dia;
Uso
externo:
- Tintura:
compressas locais;
- Cataplasma:
raiz fresca (uso externo);
- Compressa:
fazer decocção com 20 g de raízes frescas em 1 litro d’água,
aplicar 3 a 4 vezes ao dia nas partes afetadas;
- Decocção
ou extrato glicólico1 a 3% em xampus, tônicos capilares, cremes e
loções
para peles oleosas com cravos e espinhas;
- cataplasma feito com decocção das raízes: aplicar sobre o local afetado:
úlceras e chagas;
- Cataplasma
feito com uma folha fresca de bardana esmagada, depois de lavada e enxuta:
furúnculos, abscessos, enfermidades da pele, herpes, seborreias, eczemas
úlceras, chagas.
Indicações: anti-inflamatória,
antimicrobiana, antiviral, cicatrizante, diurética, hipoglicêmica, depurativa,
antidispéptica, orexígena, antioxidante, antiagregante plaquetária,
antisséptica e anti-histamínica.
Observações: seu
uso não é recomendado para crianças e pessoas com diarreia ou feridas abertas.
Pode causar irritação dérmica e ocular; convulsões, parada respiratória.
Referências bibliográficas
HORTO
DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/
> Acesso em 05/03/2022
FERRO, D. & PEREIRA, A. M.
S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed.
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PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e
Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 35.
GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics
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