CARURU: planta invasora empregada como emoliente, cicatrizante e tonificante

 

Nome cientĂ­fico: Amaranthus blitum L.

SinonĂ­mias: Amarnathus ascendens , Amaranthus lividus var. polygonoides,  Amaranthus polygonoides, Blitum lividum  e Euxolos lividus.

FamĂ­lia:  Amaranthaceae

Nomes populares: bredo-macho, bredo-malabar, bredo-rabaca, bredo-verdadeiro, caruru, caruru-de-porco, caruru-miĂșdo, caruru-verdadeiro, flor-de-amor, flor-de-ciĂșme.

Origem: Espécie originaria da Ásia.

Descrição botĂąnica: Planta glabra, verde-escura; caule profundamente sulcado-anguloso, obscuramente estriado, avermelhado; folhas longo-pecioladas, ovadas ou ovadorombeas, muito obtusas ou chanfradas, mucronadas, atenuadas na base, atĂ© 8cm de comprimento, glabras, saliente-nervadas na pĂĄgina inferior; flores esverdeadas dispostas em glomerulos axilares mais curtos que as folhas; brĂĄcteas inermes; utrĂ­culo ovoide-subgloboso, com o dobro do tamanho do perigonio, 2-3 dentado no ĂĄpice, rugoso; semente arredondada, lenticular, luzidia.  

Parte da planta para uso: folhas.

Constituintes quĂ­micos:  quercitrina e vitamina K no fruto; e os ĂĄcidos araquidico (1,4%), behenico (1,6%), esteĂĄrico (5,3%), linoleico (38,7%), miristico (0,6%), oleico (35,3%) e palmĂ­tico (17,1%) nas sementes, estudos fitoquĂ­micos comprovaram que esta espĂ©cie possui altos nĂ­veis da enzima pirofosfatase inorgĂąnica em suas folhas.

Formas de uso: empregada como emoliente, cicatrizante e tonificante. Devido a sua adstringĂȘncia, a planta e recomendada em diarreia, disenteria e hemorragias intestinais. O extrato fluido e uma decocção tem indicação de uso externo, em situaçÔes de ulceraçÔes na boca e garganta, bem como em injeçÔes em leucorreia e lavagens em Ășlceras, feridas etc.

IndicaçÔes: Emoliente, cicatrizante e tonificante; é recomendada em diarreia, disenteria e hemorragias intestinais.

ObservaçÔes: Em algumas regiÔes do Brasil e considerada apta para a alimentação humana, prestando-se para fins culinårios. Na França, as folhas são consumidas da mesma forma que o espinafre.

ReferĂȘncias bibliogrĂĄficas

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COONS, M.P. The status of Amaranthus viridis L. and Amaranthus blitum L. (Amaranthaceae) in South America. Experientiae, v.27, n.7, p.159-178, jul. 1981.

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REVILLA, J. Plantas Ășteis da Bacia AmazĂŽnica. Manaus: INPA, 2002. v.1.

TOKARNIA, C.H.; DOBEREINER, J.; PEIXOTO, P.V. Plantas tĂłxicas do Brasil. Rio de Janeiro: Helianthus, 2000. 320 p.

ProfÂș. M.Sc. DĂ©cio Escobar

Sou professor de Biologia e BotĂąnica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em DidĂĄtica e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em CiĂȘncias Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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