SUCUPIRA : Árvore cuja casca é indicada para inflamações diversas, úlceras vaginais, diabetes, reumatismo e problemas de pele e digestivos

 

Nome científico: Bowdichia virgilioides Kunth.

Sinonímias: Bowdichia brevipes Benth.; B. kuhlmannii Ducke; B. pubescens Benth.; B. virgilioides var. pubescens (Benth.) Benth.

Família:  Fabaceae.

Nomes populares: Sucupira, sucupira-preta, cutiúba, sapupira-do-campo, sicupira, sicupira-do-cerrado, sucupira-açu, sucupira-do-campo, sucupira-parda, sucupiruçu.

Origem: A espécie não é endêmica do Brasil. Ocorrendo também em outras áreas de países vizinhos, a exemplo das savanas da Bolívia.

Descrição botânica: Árvore de 4 a 10m de altura, com até 60cm de diâmetro, copa larga, arredondada a irregular, com folhas verde-escuras caducas na estação seca. Apresenta tronco suberoso, cilíndrico, reto ou retorcido, de casca rugosa acinzentada, ramos glabros a levemente suberosos, com estrias conspícuas. As folhas sãoalternas, pinadas, composta por 11-17 folíolos, pecíolo 2–3cm de comprimento, canaliculado, pubérulo, não alado; raque 6–9,5cm de comprimento, cilíndrica, glabra, não alada; estípulas 5mm de comprimento; estipelas ausentes; folíolos 3–6 × 1,5–1,9cm, ligeiramente discolores, coriáceos, subopostos, oblongos, base obtusa, ápice emarginado, face adaxial glabra, face abaxial esparsamente tomentosa, com nervura central proeminente; venação broquidódroma; peciólulo 1-2mm de comprimento, espessado, esparsamente tomentoso. Sua inflorescência é do tipo panícula terminal, com flores violetas ou azuis-escuras, com período de floração variável de acordo com a região do país. Com pedicelo medindo de 3–4mm de comprimento, sulcado, glabrescente; cálice turbinado-campanulado, com sépalas violáceas, tomentosas; corola papilionácea, vexilo 1,4 × 1,4cm, azul, largo-orbicular, emarginado, glabro; alas 1,8 × 0,9cm, obovadas, glabras; pétalas da carena 1,5 × 0,4cm, oblongas, livres, glabras; estames livres; ovário achatado, flavescente-piloso nas margens, estigma capitado. O fruto é um legume samaróide com 4,5-6,0cm de comprimento, com 1 a 7 sementes, oblongas, compressas, desprovidas de arilo.  

Parte da planta para uso: Casca, sementes, raízes e resina.

Constituintes químicos: alcaloides, flavonoides, antocianina, benzofuranoides, triterpenoides e dihydrobenzofuran. 

Formas de uso: Gargarejo com semente, decocção da casca, infusão das sementes ou decocção das batatas das raízes.

Indicações: inflamações diversas, úlceras vaginais, diabetes, reumatismo, hipotermia, bronquites, diarreias, problemas de pele e digestivos.

Observações: A sucupira está contraindicada para mulheres grávidas, lactantes e crianças com menos de 12 anos. Além disso, deve ser usada com moderação por pessoas com problemas renais ou no fígado, assim como no caso de pessoas com câncer, 

Referências bibliográficas

BRAGA, R. Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 4a. Ed. Natal: Editora Universitária, UFRN. 1976. 540p.

CORDEIRO, J.M.P.; FÉLIX, L.P. Conhecimento botânico medicinal sobre espécies vegetais nativas da caatinga e plantas espontâneas no agreste da Paraíba, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 16(3), 685-692, 2014.

LIMA, H.C. Bowdichia Kunth. In: FORZZA, R.C. et al. (Org.). Catálogo de plantas e fungosdo Brasil. v.2, Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010, p. 1001.

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OLIVEIRA, F.X.; ANDRADE, L.A.; FELIX, L.P. Comparações florísticas e estruturais entre comunidades de floresta ombrófila aberta com diferentes idades, no município de Areia, PB, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 20(4), 861-873, 2006.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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