Nome
científico: Arabidaea chica (Bonpl.) B. Verl.
Sinonímias: Bignonia
chica Bonpl., Adenocalymna portoricensis A. Stahl, Arrabidaea acutifolia DC.,
Arrabidaea cuprea (Cham.) Bornm., Arrabidaea larensis Pittier, Arrabidaea rósea
DC., Bignonia cuprea Cham., Bignonia erubescens S. Moore, Bignonia triphylla
Willd. ex DC., Lundia chica (Bonpl.) Scem., Temnocydia curajura Mart. ex DC.,
Vasconcellia acutifolia Mart. ex DC.
Família: Bignoniaceae
Nomes
populares: crajirú, carajiru, carajuru, chica, pariri, cajiru,
cipó-cruz, coapiranga, guagiru, guarajuru-piranga, oajuru, pariri-piranga.
Origem: Nativa das florestas
tropicais, encontrada na América Central e do Sul, principalmente no
Brasil, em toda região Amazônica.
Descrição
botânica: arbusto de ramos escandentes, nativo de quase todo o
Brasil. Folhas compostas bi ou trifolioladas, de folíolos oblongo-lanceolados,
cartáceos, de 8-13 cm de comprimento. Flores campanuladas de cor róseo-lilacina,
dispostas em panículas terminais. Os frutos são silíquas deiscentes.
Parte
da planta para uso: folhas.
Constituintes
químicos: os principais compostos são a carajurina e a carajurona.
Também são encontrados na composição desta planta os compostos ativos ácidos
anísico, taninos, ferro assimilável e cianocobalamina.
Formas
de uso: As folhas frescas na forma de decocto são empregadas para
tingir as fibras de uma palmeira Amazônica (Astrocaryum chambira) usada para
fazer tatuagem. Este corante é também usado pelos indígenas da Amazônia para
limpeza de feridas crônicas e para o tratamento de doenças de pele como micoses
e herpes. O chá de suas folhas é utilizado na medicina tradicional como
adstringente e empregado para espasmos intestinais, diarreia sanguinolenta,
leucemia, lavagem de feridas, icterícia, anemia, albuminária, psoríase e
enterocolite.
Indicações: anti-inflamatória,
antianêmica, tônica, hemostática, cicatrizante e antisséptica.
Observações: Nos ensaios de toxidade
crônica, não foram observadas alterações histopatológicas significativas para o
extrato aquoso, o que sugere baixa toxidade.
Referências bibliográficas
Albuquerque,
J. M. de. 1989. Plantas Medicinais de uso Popular. ABEAS,
Brasília. 96 p.
Lorenzi,
H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
Vieira,
L.S. & Albuquerque, J.M. 1998. Fitoterapia Tropical —
Manual de Plantas Medicinais. FCAP -Serviço e Documentação e Informação. Belém.
Vieira.
L.S.
Fitoterapia da Amazônia - Manual de Plantas Medicinais. Ed. Agr. Ceres, São
Paulo. 350 pp.