BOLDO-BAIANO: suas folhas são empregadas para males do estômago e do fígado

 

Nome científico: Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch. Bip. Ex Walp.

Sinonímias: Bracheilema paniculatum R.Br., Cacalia amygdalina (Delile) Kuntze ,Cheliusia abyssinica Sch.Bip. ,Cheliusia abyssinica Sch.Bip. ex A.Rich., 1848 ,Decaneurum amygdalinum (Delile) DC. ,Gymnanthemum abyssinicum Sch.Bip. ,Gymnanthemum abyssinicum Sch.Bip. ex Walp. ,Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Bip. ,Keringa amygdalina (Delile) Raf. ,Vernonanthura condensata (Baker) H.Rob. ,Vernonia adenosticta Fenzl ,Vernonia adenosticta Fenzl ex Walp. ,Vernonia amygdalina Delile ,Vernonia bahiensis Toledo ,Vernonia condensata Baker m,Vernonia eritreana Klatt ,Vernonia giorgii De Wild. ,Vernonia giorgii DeWild. ,Vernonia randii S.Moore ,Vernonia sylvestris Glaz. ,Vernonia vogeliana Benth. ,Vernonia weisseana Muschl.

Família:  Asteraceae (Compositae).

Nomes populares: boldo-africano, alumã, figatil, heparém, boldo chinês, árvore-do-pinguço, boldo-da-Bahia e macelão. árvore de pinguço, boldo japonês, figatil, heparem, boldo-goiano.

Origem: nativa da África tropical, foi trazida ao Brasil pelos escravos ainda nos tempos coloniais.

Descrição botânica: arbusto grande ou arvoreta, pouco ramificada, de ramos quebradiços, com 2m a 4m de altura. Folhas simples, inteiras, membranáceas, glabras, com ápice agudo, margens serrilhadas, 5cm a 12cm de comprimento, com sabor amargo seguido de doce, quando mastigadas. Inflorescência com flores discretas, de coloração esbranquiçada, reunidas em pequenas panículas terminais ou axilares de capítulos alongados.  

Parte da planta para uso: folhas.

Constituintes químicos: compostos fenólicos, alcaloides, taninos, saponinas, flavonoides, ácidos graxos, terpenoides e esteroides. 

Formas de uso: no uso tradicional, suas folhas são empregadas para males do estômago e do fígado, como analgésico, contra sífilis e estimulante do apetite.

Indicações: antipirético, laxativo, antimalárico e anti-helmíntico, além disso, estudos mostram que diferentes extratos do vegetal possuem atividades antioxidante, antimicrobiana e antiparasitária.

Observações: O boldo-baiano faz parte da lista de drogas vegetais notificadas da RDC 10/2010 e é planta da Renisus.

Referências bibliográficas

ALONSO J. Tratado de Fitofármacos y Neutracéuticos, 1 ed., Argentina, 2004.

BLANCO, M. C. S. G. Cultivo comunitário de plantas medicinais, Campinas, CATI, 2000. (Instrução Prática 267).

CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 1. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. (1.039 p.); il ().

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. Árvores brasileiras – Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum de estudos da Flora, 2000.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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