CASTANHA-DA-ÍNDIA: as suas sementes têm sido usadas tradicionalmente para o tratamento de doenças coronárias ,varizes e hemorroidas.

 

Nome científico: Aesculus hippocastanum L.

Sinonímias: Aesculus asplenifolia hort., Aesculus asplenifolia hort. ex Loudon, Aesculus castanea Gilib., Aesculus heterophylla Hort. Aesculushippocastanum f. beaumanii (C.K.Schneid.) Dole, Aesculus hippocastanum f. Memmin-geri (K.Koch) Schelle, Aesculus hippocastanum f. pendula (Puvill.) Rehder, Aesculushippocastanum var. argenteovariegata Loudon, Aesculushippocastanum var. áureovariegata Loudon, Aesculushippocastanum var. beaumanii C.K. Schneid., Aesculus hippocastanum var. florepleno Loudon, Aesculushippocastanum var. incisa Booth, Aesculushippocastanum var. incisa Booth ex Loudon, Aesculus hippocastanum var. pendula  Puvill., Aesculus hippocastanum var. variegata  Loudon, Aesculus incisa Hort., Aesculus memmingeri K.Koch,m Aesculus memmingeri hort.,Aesculus memmingeri hort. ex C.Koch, Aesculus procera Salisb., Aesculus septenata Stokes, Hippocastanum aesculus Cav., Hippocastanum vulgare Gaertn.,Pavia hippocastanum (L.) Kuntze, 1891, Pawia hippocastanum (L.) Kuntze.

Família:  Sapindaceae

Nomes populares: Castanha da índia; castanheiro da índia

Origem: É natural da Ásia ocidental, nos Balcãs (norte da Grécia), leste e oeste da Europa.

Descrição botânica: Árvore robusta, que pode chegar até 35 m de altura, com caule ereto, cilíndrico e ramificado, córtex lenhoso liso e branco, de copa densa; folhas dentadas, multifoliolada (6 ou 7 folíolos), opostas, longo-pecioladas; flores com numerosos racimos piramidais rasados e brancos; fruto tipo cápsula, grande, liso, castanho, com cicatriz redonda e pálida, rodeada por casca carnosa coberta de espinhos; as sementes são duras, irregularmente subesféricas, com cerca de 2,5 a 4,0 cm de comprimento, possuem testa lisa, coriácea, quebradiça, de cor castanho-avermelhada ou castanho-claro, lustrosa, com a presença de hilo

Parte da planta para uso: sementes.

Constituintes químicos: glicósidos de saponina (escina); cumarinas (esculetina, fraxina e escopolina); glicosídeos de flavonol (quercetina, astragalina e rutina); taninos condensados, alantoína e fitoesteróis. 

Formas de uso: As suas sementes maduras secas têm sido usadas tradicionalmente para o tratamento da doença coronária e no tratamento de varizes e hemorroidas.

Indicações: Possui atividade anti-inflamatória sobre a circulação periférica, antiedematosa e flebotônica. É indicada na fragilidade capilar, varizes, hemorroidas e edemas por má circulação, flebites, insuficiência crônica venal, reduzindo o processo de retenção capilar, pele (dermatite, eczema, inflamações gerais), peso e dor nas pernas. Nas hemorroidas acalma a dor, e sendo vasoconstritor periférico, é empregado também em forma de pomadas. É adstringente, antiedêmica, anti-hemorroidal, anti-inflamatória, estimulante, hemostática, redutora da permeabilidade capilar, tônica, vasoconstritora e vasoprotetor.

Observações: Os efeitos colaterais são raros, mas a ingestão oral de castanha-da-índia pode causar coceira, náusea leve, vômito, dor de estômago, choque, espasmo e urticária. A castanha-da-índia pode ainda causar lesão hepática.

Referências bibliográficas

BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 363-366.

KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 77.

FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 27-35

PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 24-27.

PHARMACOPÉIA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, Companhia Editora Nacional, 1ª Ed, 1929. ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1ªed. Rosário, Argentina: Editorial Corpus, 2004. p.291-296. ÍNDICE TERAPÊUTICO FITOTERÁPICO. Ervas Medicinais. 2ªed. Petrópolis, RJ: EPUB, 2013. p.170-171.

TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 92.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem