CONFREI: erva indicada como cicatrizante de feridas, inclusive de úlceras varicosas e irritações da pele

 

Nome científico: Symphytum officinale L.

Sinonímias: Consolida major Garsault,Consolida major Gilib.,Symphytum album hort. Symphytum album hort. ex Steud.,Symphytum ambiguum Pau Symphytum coccineum Schltdl. ,Symphytum commune Faegri ,Symphytum consolida Gueldenst. , Symphytum  elatum  Tausch, Symphytum majus Bubani ,Symphytum molle Janka ,Symphytum officinale f. coccineum ,Symphytum officinale  subsp. Patens(Sibth.) Schübl. & G.Martens ,Symphytum officinale var. albiflorum Fuckel ,Symphytum officinale var. albiflorum Günther, Grab. & Wimm. ,Symphytum officinale var. album Merrem ,Symphytum officinale var. album Wibel,Symphytum offici-nale var. glabrescens Nicklès ,Symphytum officinale var. patens (Sibth.) Merrem ,Symphytum officinale var. purpureum Pers. ,Symphytum officinale var. rectiflorum Touss. & Hoschedé, 1898, Symphytum officinale var. rubriflorum  Fuckel ,  Symphytum  officinale  var. violaceum Wibel , Symphytum  officinale  var.  vulgareJ.J.Schmitz & Regel ,Symphytum patens Sibth.,Symphytum stenophyllum Beck ,Symphytum variegatum Hort

Família: Boraginaceae  

Nomes populares: confrei, consólida-maior, consolida, consólida-do-cáucaso, erva-do cardeal, língua-de-vaca, orelha de vaca, orelha-da-burro, orelha-de-asno, leite-vegetal-da-Rússia, confrei-russo, leite-vegetal, capim-roxo-da-Rússia, erva-encanadeira-de-osso.

Origem: É originária da Europa e da Ásia e aclimatada em quase todo o mundo.

Descrição botânica: erva perene de caule curto com cerca de 90 cm de altura, provida de rizoma desenvolvido e raízes fusiformes fasciculadas. As folhas são simples, alternas, oblongo-lanceoladas, ásperas cobertas de pelos, as superiores sésseis e de menor tamanho, todas com a superfície inferior bem-marcada pelas nervuras salientes. Flores hermafroditas, diclamídeas, pentâmeras, pêndulas, de corola tubulosa amarelada, violácea ou rosada. 

Parte da planta para uso: folhas.

Constituintes químicos: Contém carotenos, taninos, açúcares, saponinas esterólicas e triterpênicas, esteróis e triterpenos livres, os ácidos clorogênico e caféico, mucilagem, alantoína, e mais de uma dúzia de alcaloides pirrolizidínicos, principalmente sinfitina, equimidina e elicopsamina em concentração maior nas raízes. Contém ainda algumas saponinas triterpênicas. 

Formas de uso: uso na forma de chá das folhas, sucos e saladas, no tratamento caseiro de doenças gastrointestinais, desinterias, inflamações, reumatismo, hemorroidas, tosse, bronquite e irregularidades menstruais. As raízes moídas têm uso como hemostático, curativo em ferimentos abertos, equimoses e especialmente para o tratamento fraturas dos ossos. São usadas ainda como cataplasma para aliviar o incómodo causado por picadas de insetos e queimaduras.

Indicações: antimicrobiana, anti-hipertensiva. A sua mucilagem apresenta ação anti-inflamatória, ação antiirritante e hidratante. O tratamento cicatrizante de feridas, inclusive de úlceras varicosas e irritações da pele, pode ser feito em aplicação local de compressas e lavagens,

Observações: Considerando a sua atividade tóxica, o confrei teve seu uso por via oral proibido pelos órgãos governamentais de saúde de quase todos os países ocidentais, embora seu uso local como cicatrizante seja permitido e estimulado. O nome confrei é usado também para designar plantas muito parecidas das espécies Symphytum asperum Lepech., S. tuberosum L., S. uplandicum Nym. e S. peregrium Ledeb.

Referências bibliográficas

HORTO DIDÁTICO UFSC:https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 23/12/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

SIMÕES, C.M.O., MENTZ, L.A. et al., Plantas da medicina popular do Rio Grande do Sul 4ª edição, Ed. da Universidade/UFRGS, Porto Alegre, 174 pp.

SOUZA, M.R, MATOS, M.E.O., MATOS, F.J.A. et al., Constituintes químicos de plantas medicinais brasileiras, Impr. Universitária/UFC, Fortaleza. 416 pp.

SMITH, L.B. 1970. Boragináceas. In: Flora Ilustrada Catarinense, Reitz, R. (ed.). Itajaí.

MATOS, F. J. A., 1998, Farmácias-Vivas - Sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades, EDUF, Fortaleza, 218 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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