MADRESSILVA: planta invasora, indicada para o tratamento de inflamações da boca e da garganta

 

Nome científico: Lonicera japonica Thunb. ex Murray

Sinonímias: Caprifolium hallianum Hort., Lonicera brachypoda DC., Lonicera chinensis Wats., Lonicera flexuosa Thun., Lonicera pallida Host.

Família: Caprifoliacea  

Nomes populares: madressilva, madressilva-do-japão, madressilva-dos-jardins, maravilha. 

Origem: Nativa do Japão

Descrição botânica: trepadeira arbustiva e robusta, perene, rizomatosa, de ramos lenhosos capazes de atingir 5 a 6 m de comprimento, originária da China e Japão e naturalizada no sul do Brasil. Tem folhas simples, decíduas no inverno, subcoriáceas, curto-pecioladas, glabra em ambas as faces e de cor mais clara na face inferior, de 4 a 7 cm de comprimento. Flores sésseis; muito perfumadas, tubulares, de cor branco-creme, reunidas em glomérulos axilares e terminais. Aparentemente não produz frutos no Brasil, contudo nas regiões de origem seus frutos são bagas oblongas de cor vermelha. Multiplica-se em nossas condições apenas por rizomas

Parte da planta para uso:  folhas e flores

Constituintes químicos: saponinas, flavonoides, glicosídeos, alcaloides, esteróis, óleos essenciais, ácidos orgânicos, resinas, taninos, proteínas, gomas.

Formas de uso: Tanto sua casca como suas folhas são preparadas na forma de chá. As preparações de suas folhas são fortemente adstringentes, sendo indicadas para o tratamento de inflamações da boca e da garganta através de bochechos de seu decocto.

Indicações: a medicina popular atribui às folhas e flores desta planta propriedades diurética, antisséptica e antitérmica, bem como anti-inflamatória, hipotensora, mio relaxante e sudorífica. A água aromática destilada das flores é considerada antiespasmódica e antivomitiva.

Observações: É usada na medicina tradicional desde tempos remotos no Velho Mundo, sendo citada nos textos de Dioscorides na Grécia Antiga. Sua casca foi muito utilizada na Antiguidade por romanos, egípcios e gregos, perdendo a importância com o decorrer dos 
séculos.
CUIDADO TÓXICA.
Possui efeitos colaterais como congestão, entorpecimento e taquicardia. E é considerada uma planta cardiotóxica.

Referências bibliográficas

Alzugaray, D. & C. Alzugaray. 1996. Plantas que Curam. Editora Três, São Paulo. 2 Vol.

Boorhem, R.L. et al. 1999. Reader’s Digest - Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader's Digest Brasil Ltda., Rio de Janeiro. 416 p.

Bown, D. 1995. The Herb Society of América - Encyclopedia of Herbs & Their Uses. Dorling Kindersley Publishing Inc. New York.

Lorenzi, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa - SP. 640 pp.

Reitz, R. 1985. Caprifoliáceas. In: Flora Ilustrada Catarinense - R. Reitz (ed.). Itajaí -SC.

Gruenwald, J., Brendler, T. & Jaenickke, C. (eds.), 2000, Physicians Desk References (PDR) for herbal medicines, Med. Econ. Co, New Jersey, 858 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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