Lobelia inflata (tabaco indiano)
A lobelina é um alcaloide piperidínico que tem um papel como um agonista do receptor nicotínico da acetilcolina. É um alcaloide que tem ações semelhantes à NICOTINA nos receptores colinérgicos nicotínicos, mas é menos potente. Foi proposto para uma variedade de usos terapêuticos, incluindo distúrbios respiratórios, distúrbios vasculares periféricos, insônia e cessação do tabagismo. Está presente em algumas plantas, principalmente do gênero Lobelia, entre elas Lobelia inflata, Lobelia tupa, Lobelia siphilitica, Lobeliachinensis e Hippobroma longiflora.
Lobelina
Do ponto de vista físico, a lobelina apresenta-se na forma de cristais incolores, em forma de agulha, dotados da propriedade de excitar eletivamente o centro respiratório. A lobelina é usada, por via parenteral, contra asfixia em recém-nascidos, em casos de apneia ou dispneia por lesões nervosas e intoxicação por drogas com ação depressiva nos centros bulbares (morfina, hipnóticos). Farmacologicamente, a lobelina demonstrou ter múltiplos mecanismos de ação, atuando como um ligante VMAT2, que estimula a liberação de dopamina em grau moderado quando administrada isoladamente, mas reduz a liberação de dopamina causada pela metanfetamina. Também inibe a recaptação de dopamina e serotonina e atua como um agonista-antagonista misto nos receptores nicotínicos de acetilcolina aos quais se liga nas interfaces das subunidades do domínio extracelular. É também um antagonista do receptor μ-opioide. Parece ser um inibidor da glicoproteína P, de acordo com pelo menos um estudo. No mercado, a lobelina é encontrada na forma de pastilhas, para ser utilizada como auxiliar na cessação do tabagismo, ainda que pesquisas nesse sentido não tenham confirmado essa propriedade.
Lobelina
Além
disso, a lobelina também foi estudada para o tratamento de outras dependências
de drogas, como dependência de anfetaminas, cocaína ou álcool; no entanto, os
ensaios clínicos demonstraram eficácia limitada. Entre as contraindicações e
toxicidade da lobelina, deve-se lembrar que a ingestão dessa substância pode
causar náuseas, vômitos, diarreia, tosse, tontura, distúrbios visuais,
distúrbios auditivos, confusão mental, fraqueza, batimentos cardíacos lentos,
aumento da pressão arterial, aumento respiratório frequência, tremores e convulsões.
Além disso, ressalta-se que a lobelina apresenta índice terapêutico estreito,
pois a dose potencialmente benéfica dessa substância está muito próxima da dose
tóxica.
A lobelina
é encontrada em muitas de espécies de plantas, abaixo algumas delas:
Reino |
Família |
Espécies |
Plantae |
Campanulaceae |
Hippobroma
longiflora |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Campanula
medium |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Lobelia
chinensis |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Lobelia
hassleri |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Lobelia
inflata |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Lobelia
nicotianaefolia |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Lobelia
sessilifolia |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Lobelia
siphilitica |
Plantae |
Campanulaceae/Lobeliaceae |
Lobelia
urens |
- |
- |
ampanula
medium |
Referências
Bibliográficas
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