MARUPÁ: árvore que possui propriedades antivirais, eficazes contra os vírus do herpes, influenza e vaccinia

 

Nome científico: Simarouba amara

Sinonímias: Simarouba glauca Hemsley; Simarouba officinalis DC.

Família: Simaroubaceae

Nomes populares: marupá, Tamanqueira, Marupaúba, Paraparaíba, Paraparaúba, Papariúba, Praíba, Paraíba, Craíba, Arupá, Simaruba, Caixeta.

Origem: A área de origem é neotropical, na ecorregião da América Central e do Sul.

Descrição botânica: árvore que atinge os 35 metros de altura, os pecíolos têm 4–7 cm de comprimento e cada folha tem 9–16 folíolos. Cada folíolo tem 2,5 a 11 cm de comprimento e 12 a 45 mm de largura, com os da ponta da folha composta tendendo a ser menores. As flores nascem em uma panícula de caule com cerca de 30 cm de comprimento, amplamente ramificada e densamente coberta de flores. As flores são unissexuais, pequenas (<1 cm de comprimento) e amarelo pálido. Acredita-se que sejam polinizadas por insetos, como pequenas abelhas e mariposas. É uma espécie dióica com árvores masculinas ou femininas e produz apenas flores masculinas ou femininas. Os frutos se formam entre 1 e 3 meses após a polinização e são verdes brilhantes a preto-arroxeados, com cerca de 17 mm de comprimento e contêm sementes grandes (10–14 mm), são encontrados em cachos de 3–5 drupas. As sementes não podem permanecer dormentes e são dispersas por vertebrados. Cada semente pesa cerca de 0,25 g.

Parte da planta para uso: folhas, casca e raízes.

Constituintes químicos: Os principais compostos ativos são um grupo de triterpenos chamados quassinóides. Muitos dos quassinoides encontrados na simarouba, como ailantiniona, glaucarubinona e olacantona, são considerados os principais constituintes terapêuticos da planta e são os documentados como antiprotozoários, antiamébios, antimaláricos e até tóxicos para leucemia e células cancerígenas.

Formas de uso: as folhas e cascas têm uma longa história, especialmente nos trópicos, particularmente no tratamento da malária, febres e disenteria; como adstringente para estancar sangramentos e como tônico. Estes também são usados como um digestivo, emenagogo e para curar parasitas dentro e fora do corpo. A casca é usada como um tônico amargo conhecido como 'Jamaica Bark' ou 'Orinoco Simaruba Oil'. A casca de S. amara era utilizada para curar a disenteria e diarreia bem como outras doenças, tendo sido também exportada para a Europa no século XVIII para curar estas doenças. Desde então, vários compostos foram isolados da casca e demonstraram ter efeitos antimicrobianos. Uma decocção é utilizada no tratamento de anemia, diarreia, disenteria, malária, febre, hemorragia, parasitas intestinais e colite. As folhas são utilizadas no tratamento de reumatismo, ou são aplicadas na forma de loção para dores musculares, contusões ou coceira na pele. A fruta é um forte estimulante com um sabor agradavelmente amargo; é também um tratamento eficaz para a disenteria.

Indicações: estudos demonstraram que a planta é mais de 90% eficaz contra a disenteria amebiana. pesquisas também mostraram que a casca tem boas propriedades antivirais, eficazes contra os vírus do herpes, influenza, poliomielite e vaccinia.

Observações: A casca era usada pelas pessoas para tratar disenteria e diarreia, entre outras doenças, e foi exportada para a Europa no século 18 para curar essas doenças. As folhas são utilizadas no tratamento de reumatismo, ou são aplicadas na forma de loção para dores musculares, contusões ou coceira na pele. A fruta é consumida diretamente como tratamento para disenteria.

Referências bibliográficas

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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