SACACA: Suas folhas são empregadas na forma de chá contra os males do fígado e para baixar a taxa de colesterol.

 

Nome científico: Croton cajucara Benth. 

Sinonímias: Croton motilonorum Croizat, Croton seputubensis Hoehne, Oxydectes cajucara (Benth.) Kuntze.

Família: Euphorbiaceae

Nomes populares: sacaca, casca-sacaca, muirá-sacaca, muirassacaca, marassacaca, cajussara, sacaquinha  

Origem: nativa da região Amazônica,

Descrição botânica: árvore de 6-10 m de altura, de copa estreita e casca aromática e pulverulenta. Folhas simples, subcoriáceas, lisas na superfície superior e pubescentes na inferior, de 7-16 cm de comprimento. Inflorescências em racemos terminais, pubescentes, de cerca de 9 cm de comprimento com 7 flores femininas na base e 12 masculinas na porção mediana e terminal, de cor amarelada. Os frutos são cápsulas globosas, tricocas, deiscentes, de pouco menos de 1 cm de comprimento, com uma semente preta em cada carpelo.

Parte da planta para uso: folhas, casca.

Constituintes químicos: Na sua composição química destaca-se a presença de linalol em seu óleo essencial. Em estudos fitoquímicos que investigaram partes distintas da planta, como raiz, casca do caule e folhas, a casca apresentou-se rica em clerodanos do tipo diterpenos: transdehidrocrotonina (DCTN), trans-crotonina (CTN), ciscajucarina B e sacacarina. Nas plantas jovens até 18 meses), o triterpeno ácido acetilaleuritólico (AAA) se apresenta-se em maior concentração na casca do caule, o diterpeno DCTN não está presente. O (DCTN) encontra-se em alta concentração (1,4% em casca seca) foi detectado em plantas adultas com idade de quatro a seis anos, enquanto plantas com três anos de idade têm somente 0,26% de diterpenos.

Formas de uso: Suas folhas são empregadas na forma de chá contra os males do fígado e para baixar a taxa de colesterol. O chá das folhas ou da casca é indicado no tratamento de distúrbios hepáticos e renais, além de baixar o colesterol do sangue. Para isso é indicada a infusão a frio de suas folhas, preparada com 20 g em 1 litro de água e ingerida à vontade quando com sede

Indicações: é indicada como antidiarreica, anti-inflamatória e para o tratamento do diabetes, inflamação do fígado, rins e bexiga e para baixar o teor de colesterol no sangue

Observações: O uso desta planta deve ser feito com cautela, uma vez que há suspeitas que seu uso em altas doses ou por períodos prolongados pode causar problemas no fígado.

Referências bibliográficas

Albuquerque, J.M., de. 1989. Plantas Medicinais de Uso Popular. ABEAS, Brasília. 100 pp.

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Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

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Vieira, L.S. 1992. Fitoterapia da Amazônia — Manual de Plantas Medicinais. Ed. Agr. Ceres, São Paulo. 350 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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