Nome
científico: Ipomoea pes-caprae
Sinonímias: Convolvulus
pes-caprae L., Convolvulits bilobalus Roxb.. Conrolvahts brasiliensis L., Convolvulus
maritimus Desr., Ipomoea biloba Forsk., Ipomoea brasiliensis (L.) G. Mey., Ipomoea
brasiliensis (L.) Sweet, Ipomoea marítima (Desr.) R. Br., Ipomea pes-caprae subsp.
brasiliensis (L.) Ooststr., Ipomoea pes-caprae var. emarginata Hallier f.
Família: Convolvulaceae
Nomes
populares: salsa-da-praia, batata-da-praia, ipoméia, batata-do-mar,
mata-me-embora-da- praia, cipó-da-praia, pé-de-cabra, convólvulo-da-praia.
Origem: nativa
das restingas e dunas arenosas da costa da África e da Ásia e amplamente
disseminada e naturalizada na costa norte, leste e nordeste do Brasil.
Descrição
botânica: herbácea perene, vigorosa, de ramos rasteiros ou
escandentes, com raízes tuberosas. Folhas simples, rígido-coriáceas, em forma
de coração com uma invaginação (corte) no ápice, quase glabras em ambas as
faces, de 8-16 cm de comprimento. Flores em forma de trombeta, grandes, muito
vistosas, de cor róseo-púrpura, dispostas em pequenos corimbos axilares
longo-pedunculados. Os frutos são cápsulas oblongas, deiscentes, de cor
paleácea, contendo 2-4 sementes.
Parte
da planta para uso: folhas e raízes.
Constituintes
químicos: estudos mostram a presença de isoquercitrina concentrada
em suas folhas. A análise química para compostos polifenólicos, revelou que as
folhas, caules, bem como a planta inteira possuem composição semelhante, porém
indicou que, nas folhas, são quantitativamente superiores as concentrações da
isoquercitrina. Quanto aos flavonoides totais, a presença é abundante
nas folhas. Ainda há presença de glochidona, ácido betulínico, e acetato de α-
e β- amirina.
Formas
de uso: O decocto de suas folhas é emoliente, vulnerário,
empregado externamente esfregando-se sobre a área afetada contra reumatismo e
certos tipos de tumores. Suas raízes são diurética e levemente purgativas.
Indicações: é indicada
como analgésico, anti-inflamatório e cicatrizante.
Observações: amplamente
empregada na medicina caseira em todo o mundo, cuja origem remonta à
antiguidade, quando aborígenes da costa tropical da Austrália costumavam aquecer
suas folhas e aplicá-las sobre furúnculos, feridas ou inflamações, em picadas
de peixes, arraias e formigas.
Referências
bibliográficas
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H. & Matos F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas
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