LAGRIMA-DE-NOSSA-SENHORA: herbácea considerada diurética, antisséptica das vias respiratórias e urinárias e antirreumática.

 

Nome científico: Coix lacryma-jobi L.

Sinonímias: Coix lacryma L., Coix agrestis Lour., Coix anmdinacea Lam., Coix exaltaia Jacq., Coix ovata Stokes, Coix pendula Salisb., Lithagrostis lacryma-jobi (L.) Gaertn., Sphaerium lacryma (L.) Kuntze.

Família:  Gramineae (Poaceae)

Nomes populares: capim-de-contas, lágrima-de-nossa-senhora, capim-de-nossa-senhora, lágrima-de-santa-maria. capiá, conta-de-lágrimas, capim-rosário, biurá, biurí, capim-missanga, lágrima-de-jó, adlaí.

Origem: originária da Ásia tropical  

Descrição botânica: herbácea cespitosa, geralmente anual, ereta, de colmos cheios e glabros, com enraizamento nos nós inferiores, de 1,0-1,8 m de altura. Folhas cartáceas, glabras em ambas as faces, com margens serrado- espinescentes, de 10-20 cm de comprimento. Inflorescências terminais e axilares, em racemes curtos e inclinados. Fruto globoso, liso-vemicoso, duro, perolado, de cor esbranquiçada com matizes acinzentadas ou pretas.

Parte da planta para uso: folhas, rizoma, sementes.

Constituintes químicos: ácidos graxos, ácido mirístico, alpha e beta sitosterol, arginina, beta-caroteno, coixans A e B, coixenólido, coixol, histidina, leucina, lisina, proteínas, sais minerais (cálcio, fósforo, ferro), tirosina, riboflavina, niacina.

Formas de uso: seus frutos (grãos), na forma de tintura ou simplesmente triturados, são usados para reduzir inflamações, aliviar dores e espasmos, baixar a febre e controlar infecções causadas por bactérias e micoses; age também, como tônico da vesícula com efeito sedativo e, em doses elevadas, faz baixar os níveis de açúcar do sangue.  Externamente é indicada a tintura em fricções e o decocto em banhos contra reumatismo,

Indicações: E considerada diurética, antisséptica das vias respiratórias e urinárias e antirreumática. Possui ainda atividade antitérmica, diurética e relaxante muscular

Observações: Esta planta e tradicionalmente usada na medicina popular há séculos, havendo registros de seu uso pelos chineses do ano 200 da Era Cristã.

Referências bibliográficas

Boorhem, R.L. et al. 1999. Readers Digest - Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest Brasil Ltda., Rio de Janeiro.

Bown, D. 1995. The Herb Society of América Encyclopedia of Herbs & Their Uses.Dorling Kindersley Publishing Inc. New York.

Lorenzi, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3a edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa SP. 640 pp.

Lorenzi, H. & Matoss, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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