MAMÃO-DE SAPO: planta que possui propriedades hipotensoras e sedativas, que tem sido amplamente utilizada na indústria farmacêutica.

 

Nome científico: Rauvolfia grandiflora Mart. ex A.DC.

Sinonímias: Rauvolfia affinis Müll.Arg. ,Rauvolfia affinis var. subulata Müll.Arg., Rauvolfia grandiflora Mart.

Família: pocynacea;

Nomes populares:  Mamão-de-sapo, canu-do-de-cachimbo, grão-de-galho, maminha-de-sapo, limãozinho do mato, grão de pode e pau de cachimbo.  

Origem: Originaria da floresta atlântica litorânea e da Caatinga nordestina.

Descrição botânica: árvore de pequeno porte na caatinga, atingindo 3 a 5 m de atura; chegando a médio porte na mata atlântica onde atinge 5 a 12 metros de altura com copa em forma de taça e estreita. O tronco é bifurcado ou trifurcado (com 2 a 3 ou mais caules) com casca acinzentada e áspera, com diâmetro de 15 a 35 cm. Os ramos novos têm forma de V tem lenticelas (glândulas)dispersas de coloração esbranquiçada, dando a aparência de algo chamuscado ou cheio de pintinhas. As folhas são verticiladas (4 por nós) opostas, simples, glabras (sem pelos) em ambas as faces, de textura cartácea (como cartolina), com forma oblonga (mais longa que larga) e ovada (forma de ovo), medindo 08 a 16 cm de comprimento por 2,5 a 5 cm de largura, com base cuneada (como cunha) e ápice acuminado (com ponta que se afina); fixada sob pecíolo de 1,5 a 3,5 cm de comprimento. As flores são hermafroditas e nascem em inflorescências multifloras terminais (nasce na junção da folha e ramos) sob pedúnculo ou haste de 2 a 4 cm de comprimento, com 5 a 16 deflores afuniladas, com cálice esverdeado e corola (invólucro interno) branca. Os frutos são duplas (com uma semente), com forma desigual e por vezes trapezóide (forma de trapézio), medindo 2 a 3cm de comprimento por 2 a 3 cm de largura, lisas e glabras (sem pelos) com casca fina de cor amarela quando madura e polpa agridoce envolvendo 1 semente achatada no centro.

Parte da planta para uso: folha e frutos.

Constituintes químicos: metilendolobina, isoreserpilina, perakina e peraksina, isoreserpina, 10-metoxiisoreserpina, rescinamina, isoreserpilina, ß-ioimbina e darcyribeirina.

Formas de uso: uso na forma de infusão e decocção.

Indicações: possui propriedades hipotensoras e sedativas, que tem sido amplamente utilizada na indústria farmacêutica.

Referências bibliográficas

Hendrian & Middleton, D.J. (1999). Revision of Rauvolfia (Apocynaceae) in Malesia. Blumea, 44, 449-470.

Keay, R.W.J. (1989) Trees of Nigeria, 407-408. Clarendon Press, Oxford.

Kumar, S., Kumari, D., & Singh, B. (2022). Genus Rauvolfia: A review of its ethnopharmacology, phytochemistry, quality control/quality assurance, pharmacological activities and clinical evidence. Journal of Ethnopharma-cology, 295, 115327.

Mendonça Netto, S., Warela, R. W., Fechine, M. F., Queiroga, M. N., & Quintans-Júnior, L. J. (2009). Anxiolytic-like effect of Rauvolfia ligustrina Willd: ex Roem. & Schult., Apocynaceae, in the elevated plus-maze and hole-board tests. Revista Brasileira de Farmacognosia, 19, 888-892.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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